Capítulo único

51 2 0
                                    

   Nos buracos de uma velha casa vivia uma grande família de ratos. Mas naquela mesma casa, vivia também um enorme e peludo gato. Só com o som dos passos do bichano, os ratinhos tremiam-se de medo. Então, para buscar comida na cozinha, sempre escolhiam os maiores, mais fortes e os mais rápidos ratos. Mas havia um ratinho pequenino e fraco, chamado Bartolomeu, que sonhava em virar um caçador, mas por conta de seu tamanho e pouca agilidade, sempre foi menosprezado.

   Certa noite, enquanto chorava na entrada de sua toca, viu que através da janela, um par de olhos brilhantes que o observava do alto de uma árvore. Os olhos foram ficando maiores a cada instante, e quando ia entrar na toca, era tarde demais, já estavam muito perto dele.

    - Por que choras ratinho?- Perguntou a coruja.

    Surpreso com a pergunta da coruja, ele a conta tudo. Todas as suas angústias e frustrações.chorava mais a cada segundo.

    - Não chores pequeno. Já sei como lhe ajudar. Amanhã você dirá que participará da caçada pois tem um elemento surpresa, que será eu. Quando estiverem na cozinha, eu atacarei o gato, dando tempo para vocês pegarem comida em segurança. Depois disso, eles irão te aceitar.

    Bartolomeu ficou animado, agradeceu-a e voltou para dentro da toca. No dia seguinte fez o combinado e tudo saiu como a coruja havia planejado. Contudo, os ratos estavam tão felizes por desta vez terem tempo para pegar muita comida, que demoraram a perceber que a ave noturna devorava-os um por um.

Moral da história: saiba analisar os seus inimigos e não confie em estranhos.

O rato e a corujaWhere stories live. Discover now