Capítulo 01

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— Não vou chegar tarde, appa. Prometo. — Avisa pela milésima vez, mas isso não parecia entrar na cabeça do mais velho.

— Mas, eu não quero que você saia hoje, Donghyuck. — Deixando seu jornal impresso de lado, levantou da poltrona de couro e veio até a mim. — Fique.

— Não sou mais criança, não pode mais me proibir de tudo. — Abrindo a porta de saída, estranhei por não ver nenhum dos seguranças a minha espera.

Sempre vivo cercado por vários homens de pretos de portes bem armados da cabeça aos pés, sempre me seguindo por onde vou e até mesmo na faculdade.

Uma vida nada saudável para um rapaz de dezanove anos,mas não tenho do que reclamar quando se trata do luxo e bons estudos.

Depois que tive esse pequeno diálogo nada proveitoso com meu pai, corri até o carro de Jaemin, e meu amigo esperava por dentro dele. Entrei, e logo o garoto arrancou com a ferrari para a boate que vamos, em comemoração do meu aniversário que foi dia seis.

— Foi difícil o coroa deixar você sair ? — Com olhos atentos no trânsito, perguntou dando batucadas no volante.

— Ele veio com aquele papo estranho novamente, mas nada que me fizesse ficar.

Ele apenas soltou uma risada, conhecendo bem as palavras usadas por meu coroa.

 Cuidado. 

A noite não é segura... 

Você tem que se manter seguro, filho

— Teu pai é um idiota. — Apenas concordei, pois meu amigo tem toda a razão.

Ficamos em silêncio por um breve prazo de tempo, apenas curtindo a boa música que tocava em um volume razoável, até que sinto meu amigo cutucando meu ombro. Olhei ele, e o mesmo olhava algo pelo retrovisor.

— Alguém de moto nos segue. — Apontou com a cabeça.

— Você está passando muito tempo com meu pai. — Rodando os olhos, me ajeitei no banco e resolvi espiar pelo retrovisor.

Realmente tinha alguém de moto atrás de noite, mas não se podia identificar se era mulher ou homem por conta do capacete, que era todo fechado e as vestes da pessoa era um sobretudo masculino. Mas não parecia nos seguir, já que dobrou em outra esquina sumindo de minhas vistas.

Voltando a olhar meu amigo, neguei com a cabeça para ele dando uma risada mínima, controlando a vontade de o xingar.

— Depois o idiota é meu pai.

(...)

Podia ser uma boate, mas a música que tocava estava de acordo com as pessoas que vieram a frequentar hoje. Cactus de A.C.E.

Taeyong veio com muita energia, virando vários copos e gritando parabéns para mim toda hora. Ele estava muito fora do seu normal hoje, se podia ver isso de longe.

— Um brinde de cervejas mesmo, ao carinha que futuramente, será o melhor dançarino daquela faculdade. — Johnny levantou sua garrafa, assim como os demais.

Ao levantar a minha percebi que estava vazia, e assim eu não poderia brindar com esses idiotas. Avisando os mesmo que ia ao balcão pegar outra, sai em direção ao mesmo enquanto desviava da quantidade de pessoas que dançava.

— Outra dessa, mano. — Pedi mostrando a garrafa, o homem assentiu e foi em busca de outro.

Fiquei a batucar meus dedos conforme a batida da música, levando minha atenção para o meu lado esquerdo ao qual tinha uma garota sentada um pouco longe. Comecei a analisar ela dos pés a cabeça, começando por seus coturnos pretos, a calça preta bem colada no corpo marcando suas pernas e coxas, a jaqueta de couro da cor preta que estava fechada, em suas mãos luvas daquelas usadas por motoqueiros e, com uma touca preta na cabeça. Pena não poder ver direito seu rosto, mas apenas seu estilo me deixou instigado.

Revenge | Imagine Haechan | NCT Место, где живут истории. Откройте их для себя