Capitulo Único

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Eu poderia ter escolhido algum trabalho legal onde você é um jovem despreocupado que foca na publicidade mundial. Mas não, eu tinha que escolher uma profissão que me tirava da cama as seis horas da manhã todos os dias para ir ao departamento criminal estudar os restos, bem deteriorados, mortais de alguém.

"Muito inspirador Louis, continue assim." Repeti em pensamento.

Mesmo o departamento estando contra minha decisão eu já havia dito a mim mesmo que a morte não havia sido um acidente encoberto. É claro que assim que um dos agentes descreveu onde e a forma na qual o corpo fora encontrado por uma jovem, retornei ao Arizona – exatamente no Grand Canyon. Incrível é que eu me empenhei nesse caso, passei horas por dias e dias por semanas pesquisando cada dado indo a fundo em cada mísera pista, e o pior é que depois de tanto esforço a notícia final nunca é boa.

Uma turista havia comunicado o parque que havia avistado um estranho objeto similar a uma mala de viagem, que constava no meio das rochas, despencar 137 metros da trilha na qual ela e o marido faziam caminhada. Fiquei sabendo que os comunicou a polícia quando percebera que dentro da mala havia um corpo; a turista fora investigada, mas não sabia muito mais que isso.

Retornei para o departamento intrigado aquela tarde.

Tive acesso a sua ficha através da Dra. April; Zayn Malik, 23 anos, dado como desaparecido no dia 17 de abril de 2006.

É, isso soa bem.

Haviam 3 costelas fraturadas e uma perfuração no fígado, que após uma análise constatei ter sido feita com algum objeto metálico de ponta fina. Hemorragia interna; é o que consta no seu laudo agora.

Você praticamente sangrou até morrer.

Dra. April não soube explicar exatamente o que as costelas fraturadas de fato eram. Talvez uma luta com o assassino? Isto seria palpável caso não fosse um ferimento pós morte.

Cristina ficou responsável por recriar em 3D o momento de morte através dos equipamentos e a arma do crime enquanto Amber examinava o que havia em suas roupas.

Então voltamos ao Arizona. Eu dirigia enquanto Dra. April guiava-me até seu apartamento em Phoenix. Nós chegamos em algumas horas. Na entrada do condomínio o porteiro nos guiou até seu apartamento e para nossa surpresa, a porta estava semiaberta. Não haviam sinais de arrombamento ou alguma pressão contra a porta capaz de abri-la. Desconfiada, a Dra. April sacou sua arma. Estávamos prestes a entrar quando o porteiro retornou e avisou que era comum de sua parte deixar a porta do apartamento encostada antes de sair. Ele logo nos disse que você não estava em casa e que não retornava a dias.

Resolvemos interroga-lo. Carlos nos contou que a última vez que havia tido contato com você foi no dia 14 de abril – 3 dias antes de você ser dado como desaparecido por Doniya Malik, que não mais se encontrava na cidade.

E se alguém lhe dissesse que aquela noite você não retornaria mais, você iria mesmo assim?


Dra. April continuou a interroga-lo em minha companhia. Finalizando o interrogatório, fomos de encontro com seus vizinhos, Anastácia Jensen e Derek Delano. Nenhum deles havia tido contato com você aquela semana, Anastácia nos relevou que você não parava em casa nas últimas semanas. E que isso era incomum, pois segundo ela você era mais caseiro. Durante interrogatório, Anastácia sentia-sepreocupada; perguntou se havia acontecido algo com você e porque estávamos ali. Foi que Dra. April a dirigiu três palavras diretas: "Ele está morto". Eu observei por trás do vidro a Sra. Jensen murmurar um: "Oh meu Deus" e cobrir aprópria boca com a mão, em choque; logo lamentando como todos os outros. No dia 17 de abril de 2006 Anastácia Jensenestava com a família em casa. Seu álibi fora confirmado através de um interrogatórioseparado com Sthepany Jensen, filha única de Anastácia.

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