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Dois: Kageyama Tobio é sensível (e tem medo de trovão)

É quando Kageyama é chamado no meio do corredor que Hinata começa a se preocupar. Dias dos namorados está lá, batendo na porta de todos mas na dele, e Hinata já está cansado de todos os assobios e o corar e todas as confissões que viu naquele dia.

Era ainda o horário do almoço. O almoço, que Kageyama engoliu apressado junto de Hinata para que eles pudessem jogar vôlei lá fora.

Mas, lá estava ele, parado em frente a porta, assistindo Kageyama se virar e olhar para quem quer que tivesse o chamado.

— Kageyama-kun! — A voz exclamou novamente.

Hinata não conseguia ver o rosto da menina de onde ele estava, sua franja e rabo de cavalo uma bagunça depois da curta corrida até, bom, Kageyama.

Olhando para o grupo de meninas alguns passos atrás deles, Hinata percebeu que elas provavelmente estavam esperando por um tempo.

... E que ele era o culpado da espera.

Hinata fez uma careta e olhou para o outro lado. Para o chão, talvez. Ou as janelas!

Lê-se, ele tentou. Assim que a menina começou a falar de novo, Hinata levantou o olhar, não vendo nada mudar sobre a pose relaxada de Kageyama.

— Por favor, — Ela começou, meio distraída com o rosto de Kageyama. Honestamente, Hinata não a culpava — Por favor, aceite isso!

Uau.

Claro, não era a primeira vez que Hinata via a clássica confissão de dias dos namorados mas nunca tão perto dele.

No fundamental, nenhum de seus amigos eram populares ou coisa do tipo. Hinata nunca os escutou conversar sobre namorar, ou sobre ter recebido uma confissão.

Não era nem a primeira vez que ele via Kageyama recebendo uma confissão, mesmo fora do dia dos namorados. Não tinha nada de diferente.

Então por quê parecia que tinha?

Hinata assistiu ao que Kageyama tirou suas duas mãos do bolso e as levantou cuidadosamente, como se estivesse recebendo um presente formal.

— Obrigado. — Ele disse.

Alguma coisa clicou na cabeça de Hinata. Ele estava com ciúmes? De quem? Não era como se ele conhecesse a menina.

Então... Não, não fazia sentido.

Parecendo perceber a bagunça que seu rabo de cavalo tinha virado, a menina soltou um suspiro surpreso e levou ambas as mãos para a cabeça, congelando sobre o olhar de Kageyama.

Hinata não conseguia vê-lo mas algo de diferente deve ter acontecido, pelo jeito que a menina virou um tom engraçado de vermelho.

Hinata pulou de surpresa quando ela exclamou algumas palavras emboladas — Obrigada! — e saiu correndo pelas escadas, sendo seguida pelo grupo de amigas.

Kageyama continuou encarando, como ele tinha costume. Depois, ele se virou para Hinata com as sobrancelhas franzidas.

— O que foi isso? — Ele perguntou.

Hinata deu de ombros. Muito bonito para seu próprio bem, aparentemente.

— Você a assustou. — Hinata disse ao invés de sua confissão embaraçosa.

Kageyama estalou a língua no céu da boca e se virou de novo, empurrando suas mãos no bolso junto com a pequena caixa que ele tinha acabado de receber.

why is kageyama so popular?, a research done by hinata shouyouOnde as histórias ganham vida. Descobre agora