Capítulo 50 | Pra sempre

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Boa leitura🦋

Puxei a arma mirando-a pra trás enquanto corria até a cozinha; logo tentei ir até o armário onde tinha a tal AK47...

Peguei a mesma e sai... eu não estava com medo da morte, nem do jeito que eu poderia morrer... Estava apenas sem sentidos, fui impulsiva. Não pensei antes de agir.

—Não vamos nos matar agora -ela diz alto e eu juntei as sobrancelhas, realmente, ela vai me matar agora —Vou torturar você primeiro -disse cantarolando aquelas palavras. Como ela podia dizer aquilo tão suavemente?

—Como pode? -digo aparecendo em sua frente que estava sentada em uma poltrona —Você está fazendo isso tudo por Victor garota. -disse colocando as mãos em minha cintura e a AK em minhas costas... logo passei a mão e vi que havia uma faca no meu coldre, talvez poderia ser um oportunidade?

—Ah Bárbara... vamos lavar roupa suja? -disse e eu sorri balançando a cabeça, afinal não conheço ela... Eu não faço ideia alguma de quem seja —Você me tirou tudo que eu tinha Bárbara. -disse e eu ri.

—Por favor. Eu não te tirei nada! -disse e ela se aproximou —Ele ficou comigo por que ele quis, em nenhum momento o obriguei. Agora você-digo entortando meus lábios e olhando pra mesma que transmitia fúria.

—Exatamente, você acha que eu queria estar fazendo isso? -disse e eu assenti, o passado é passado não tem como mudar —Passos, você não faz ideia, ERA PRA EU ESTAR NO SEU LUGAR! -disse quase berrando.

—Você acha que eu queria estar passando por isso? -eu pergunto me aproximando dela. —Você acha que eu não queria ter uma vida normal não? Poder sair nas ruas como uma pessoa normal sem sentir medo de estar sendo perseguida? -disse e a mesma me fuzilou com o olhar —Eu faria de tudo pra não estar aqui, mas cá estamos nós... -disse com um sorriso torto.

—Cala a porra da sua boca! -ela diz e logo ouço um estrondo é uma ardência em meus ouvidos causadas pelo barulho. Um disparo foi ouvido e logo o alarme do prédio foi tocado e comecei a ouvir muitos passos correndo. Mas não me dei o trabalho de me mover. —Se você continuar dando o seu showzinho, a próxima bala vai ser em você... Dessa vez o Victor tá no hospital sendo sufocado por um médico e não pode te defender. -diz fazendo meu coração acelerar, sentia ele na garganta pulsando como se eu estivesse em um jogo de futebol em uma cobrança de pênalti.

—Chega, vamos acabar com isso! -digo e ela me encara —Me leva presa logo, e você fica com Victor, satisfeita? -digo e ela nega —O que quer então?

—Que você morra! -exclama me fazendo arregalar os olhos —Se você for presa, Victor vai te esperar, eu quero você morta! Se ele não ficar comigo ele não fica com ninguém.

Ela diz e eu me rendo... abaixo as armas e jogo-as no chão. Logo fico frente a frente pra ela e me ajoelho... É isso que ela quer, ela vai ter!

Eu não quero ninguém sofrendo a minha volta por minha culpa. Não quero! Quero que sejam felizes comigo ou sem mim.

—Parece que seu fim chegou -ela disse e eu fechei os olhos —Algumas palavras?

—Vou dizer a mesma coisa que disse ao seu pai quando ele tentou me matar -disse e a mesma me fuzilou com o olhar —Vá se foder! -disse e retirei em um movimento rápido a faca do meu coldre e penetrei na perna da mesma arrastando para baixo.

—Filha da puta -disse com uma voz falha e logo foi se ouvindo tiros aleatórios pelo ar. Me abaixei ao máximo até chegar em minha arma.

Senti um forte objeto passando com rapidez raspando em meu braço... Soltei o maior dos gritos, mas era a dor que eu conseguia suportar.

—Você me paga -ela disse baixo quando parou de atirar, ouvi algumas sirenes, agradeci mentalmente.

—Você vai pra cadeia -eu ri.

Sentia meu braço latejar... Uma dor me consumindo.

Ouvi gritos ali, minha visão ficou falha, minha pressão abaixou. Mas não dormi, não me deixei apagar.

—Tem duas mulheres aqui, duas ambulâncias... -um homem disse —Charlie faça a identificação dos corpos -o homem disse e eu tentei levantar, ah que dor.

—A senhora está bem? - ele perguntou —Você consegue dizer quem é aquela moça? -ele perguntou e eu afirmei.

—Tainá Turner -disse e ele arregalou os olhos.

—Senhor achamos ela -ele disse com um sorriso vitorioso —Ela tentou te matar? -apenas afirmei. —Você vai depor o que acont... -interrompo o mesmo.

—Senhor se me permite dizer, eu preciso ir para o hospital, meu braço está latejando -digo e ele assente.

[...]

Depois de um bom tempo, meus olhos caídos de sono e cansaço... Já havia contado tudo a polícia, e fizeram um curativo em meu braço.

Mas eu precisava ver Victor...

Me aproximei de uma enfermeira que estava parada... Uma loura muito bonita, seus cabelos chamavam atenção de todos naquele local.

—Eu posso visitar, Victor Augusto? -perguntei e ela assentiu.

—Tome cuidado, ele está dormindo... Ontem a noite tentaram-o sufocar então tome todo e qualquer cuidado  -disse e eu assenti indo em direção ao quarto onde ele estava.

[...]

Entrei e observei cada detalhe seu... Ele dormia como uma criança. Sua respiração soava tão bem.

—Agora seremos só nós dois, pra sempre -disse passando meus dedos levemente em suas mãos. Vejo que ele abre os olhos levemente.

—Pra sempre -ele diz com um sorriso tão lindo.

Fim🤍

Hacker Where stories live. Discover now