S#33

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  No dia seguinte, estamos reunidos a mesa num grande almoço, Murilo fez de tudo que se possa imaginar, e acho que preciso do Clint aqui em casa mais vezes.

— Nossa, essa comida está maravilhosa, parabéns, Murilo- Clint  elogia.  

  Meu irmão abaixa a cabeça, morrendo de vergonha, e eu solto um risinho, assim como meu pai, estamos adorando esses dois juntos.

— Murilo tem uma vocação nata para a cozinha, já Meg...

Olho feio para meu pai.

— Eu me viro bem, pai.

Ora essa!

— Mas não é maravilhosa como eu sou, abelha rainha.

Reviro os olhos.

— Não é como se você fosse o melhor em tudo, né?- Replico.

Meu pai ri.

— Não, Murilo canta muito mal, tenho  até dó das paredes do banheiro.

— Papai!

Dou um forte gargalhada.

— Não ligue para ele, Clint, o velho anda lelé- Murilo diz, olhando nos olhos de Clint.

Ele sorri, claramente não se importando.

— Não é tão difícil acompanhar vocês, eu nunca vi uma cumplicidade assim.

Eu dou de ombros.

— Não é por nada não, mas tenho o  melhor pai do mundo.

Murilo concorda enfaticamente:

— Nosso pai é falho, como qualquer  outra pessoa, mas nunca nos deixou  pra trás, eu só sou um ser humano bom por conta dele.

Mauro Forbes sorri para nós dois.

— Como você pode vê, Clint, tenho filhos bajuladores.

Caímos todos na risada com as palavras do meu pai.

— Bem, eu vou subir e tentar falar com Damon, ele queria falar comigo ontem.

  Papai e Murilo apenas acenam com a cabeça, Clint só me encara. Ele ainda não sabe em que nível eu e Damon estamos, na verdade, nem eu sei depois de tudo.

— Se não nos encontrar, é porque  fomos dar uma volta, prometi mostrar a cidade para Clint.

Meu coração preenche de sentimentos bons quando olho esses dois.

— Okay, meninos- Beijo a bochecha deles e em seguida a do meu pai— Qualquer coisa estarei lá em cima, tá?  

  Meu velho me dispensa com um aceno e eu subo as escadas rapidamente. Ao chegar em meu quarto, meu celular está se acabando de tanto vibrar. Encaro a tela e é Damon, o atendo rápido:

— Oi- Minha voz sai com um tom emocionado.

Uma voz distante responde:

— Oi, Meg, preciso muito da sua ajuda- Fala devagar.

— Damon? Está tudo bem?- Meu coração aperta.

Um espirro sai do outro lado.

— Acho que resfriei, será que poderia  correr até o meu apartamento e me dar uma mão em um assunto?  

  Estou quase enlouquecendo com a  probabilidade de Damon está doente e  sozinho.

— Estou indo para aí agora mesmo, me espera, tá?- Tomo a decisão no calor do momento.

  Nunca frequentei muito o apartamento do Damon, mas assim como sei onde os outros integrantes moram, também sei o endereço dele.

— Okay- Diz antes de desligar— Não demora, preciso mesmo de você.

  Arrepios sobem por todo o meu corpo, fico mal só em pensar que Damon está doente. Só faço fechar a mala que nem desfiz e desço as escadas, meu pai está na sala lendo o jornal.

— Pai, Damon está doente.  

Meu pai me encara, sei que estou com o semblante preocupado.

— Santo Cristo, quem será que está...-  Ele começa a falar, mas para.

Não dou bola para isso, lhe dizendo:

— Vou dar uma força a ele, tá?- Beijo  seu rosto— Desculpa, pai, prometi ficar por perto esses dias.

Ele nega com a cabeça.

— Vai ajudar Damon, filha, eu estou bem- Meu pai me tranquiliza— Mantenha a mente aberta, meu bem- Fala ao beijar minha testa.

  Franzo o cenho para suas palavras, mas resolvo não contestar, acenando uma última vez, pego o carro do Murilo na garagem, minhas mãos tremendo, pois estou apreensiva, a preocupação está assolando minha mente. E esse medo só confirma uma coisa: amo e me preocupo muito com Damon, até mais do que deveria.

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O que eu posso dizer?
Segunda tem a quebra desse suspense kkkkk

Eu disse que Damon iria aparecer, né?
Só não disse como hehehe

Não me matem pelo capítulo pequeno, eu juro que toda essa espera vai compensar, até segunda
💁‍♀️

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