Praça

404 19 6
                                    

Jéssica:

R- Jess... o-oque foi? Oque está acontecendo? Você está bem? O-que...

J- Rita!- Interrompi- Eu... eu andei pensando, e... nós nãos podemos continuar com isso.

R- Isso? Isso oque?

J- Não finge que não sabe Rita... Isso...- Apontei para nos duas.- Nós, o namoro secreto...

R- Como assim? Eu... eu não estou entendendo, oque você está tentando dizer?

J- Rita, entenda... isso é muito arriscado. Se continuarmos as pessoas podem acabar desconfiando, e se desconfiarem vou querer saber a verdade e... e podem descobrir.

R- Não, não podem e não vão- ela se aproximou e segurou as minhas mãos.- nós sempre tomamos muito cuid...

J- Não Rita!- Tirei as suas mãos da minha.- Eu, só quero te proteger e eu me culparia muito se algo acontecesse com você, se você fosse expulsa, se os seus pais eles soubesse poderiam, sei lá... te bater ou algo pior... eu, só não quero que você se prejudique.

R- Eu não vou! Tá?- Virei meu rosto para tentar procurar algo naquela praça que me trouxesse conforto, mas não havia nada. Ela pegou o meu rosto, fazendo com que eu tivesse contato visual.- eles não vão descobrir!

J- Você não tem certeza!

R- Claro que eu tenho.

J- Não você não tem!- Tirei suas mãos.

R- Tenho.

J- NÃO! VOCÊ...- Gritei.- Você não tem.- Abaixei o tom. Eu estava com raiva, triste, com todos os sentimentos misturados.

R- Por quer você fala isso?- Perguntou confusa e com água em seus olhos, mas não por causa da chuva, mas de suas lágrimas.

J- Laís.- Quando ela ouviu esse nome, andou alguns passos para trás, como se estivesse esperando algo que a atacasse.

R- O-oque tem ela?

J- Ela quase contou hoje para um dos professores.

R- Quem?

J- Não importa quem era... mas relaxa, ela não contou. Eu cheguei antes que ela pudesse falar algo. Mas...

R- Mas?

J- Mas eu conversei com ela, e...

R- Você ainda gosta dela? Vocês estão pensando em voltar?- Suas lágrimas começaram a descer em seu rosto, juntos com as gotas de chuvas.

J- Não, não!- Me aproximei.- Não... eu não sinto mais nada por ela, acredite em mim... oque eu sinto por você é totalmente verdadeiro e sincero. Tudo que eu te disse na quele dia da viagem foi pura verdade.

R- Se foi tudo verdade, oque... oque vocês conversaram?- Me afastei e coloquei o meu olhar ao chão molhado da praça.

J- Falamos sobre o nosso relacionamento... mas calma, não sobre eu e ela, mas... sobre eu e você, até por quer... eu e ela não temos nada. Mas Rita, você sabe que isso é errado.

R- O amor entre uma mulher e outra? Pera, desde quando você é homofóbica?- Ironizou.

J- Uma professora e uma aluna, Rita. Enquanto estivermos juntas, ficaremos perto do perigo de sermos expostas a todo momento, uma hora ou outra as pessoas irão descobrir, não importa quanto cuidado nós tomemos. Eu... eu não quero que você se prejudique Rita. Eu realmente amo o meu emprego, mas eu não me importaria de perdê-lo por você, mas entenda... você também seria prejudicada... se fosse só eu, tudo bem... mas você vai perder sua privacidade, pode até nem mais estudar em uma escola, pode ser expulsa, ou sei lá... as consequências são muitas, e tudo oque eu mais quero é o seu bem. O melhor a se fazer é... é terminar tudo entre a gente... vamos só sermos aluna e professora, por favor... não quero ter uma briga com você Rita.

Amor ProibidoWhere stories live. Discover now