Capítulo 14 - A Prisão

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- É ótimo que a sua esposa não tenha resistido? 

- Sim, porque senão eu não poderia fazer isso.

Edward dispara a arma. Eu assisto horrorizada enquanto o Arthur cai no chão. 

- Inútil, isso é o que você é.

Edward vai até onde o Arthur está deitado e o chuta de lado. Arthur geme e eu mordo meu lábio para não gritar. 

Eu ouço os passos do Edward correndo pelas escadas e me mexo para correr até o Arthur, mas ele me impede.

- Não se mexa. 

Sua voz sai tensa e fraca, tão diferente dele.

- Não posso simplesmente te deixar aí. 

- Katherine, nem pensa em se mover um centímetro desse sofá.

Eu fico imobilizada, observando a cor se evaporar das suas bochechas. Ele me observa até as pálpebras começarem a cair. 

Segundos depois, os passos do Edward descem as escadas enquanto ele caminha até o Arthur.

- Agradeço tudo o que você fez por mim, Costello. Você foi fundamental em tudo isso.

Ele sorri.

- Eu não ia conseguir sem você.

O Edward se abaixa com o lenço esquecido da sua assistente nas mãos. Ele mergulha cuidadosamente o lenço no sangue do Arthur até que fique encharcado. Eu quase engasgo com um soluço quando vejo o peito do Arthur mal se movendo para cima e para baixo. Sua respiração forçada pode ser ouvida por toda a sala, e isso parece fazer o Edward sorrir. 

- Obrigado pelo se serviço. Quase sinto pena de ter terminado assim.

Edward coloca o lenço na mão estendida do Arthur e depois se endireita e se dirige até a porta. Assim que ouço logo a porta fechar atrás dele, corro até o Arthur. Com lágrimas ocultando a minha visão, eu tento desesperadamente acordá-lo.

- Arthur! Arthur, por favor! Acorda! Eu preciso de você! Arthur... Eu não posso te perder! Por favor, por favor, levanta! 

Manchas de sangue se espalham em minhas roupas quando pego sua cabeça e coloco no meu colo. Sua respiração rouca é o único indicador de que ele ainda está vivo. Eu coloco a mão no seu bolso para pegar seu celular.

"Alô, 9-1-1, qual é a sua emergência?"

- Preciso de uma ambulância! 

Um soluço se espalha pelo meu corpo enquanto tento descrever a cena.

- Teve um disparo de arma!

A operadora do 9-1-1 fica ao telefone comigo enquanto esperamos que os paramédicos cheguem à casa. Ela me faz perguntas sobre onde o Arthur foi baleado, se há alguma arma em casa e me instrui como diminuir o sangramento. 

Quatro minutos depois, ouço as sirenes. A porta se abre e quatro pessoas de uniforme médico entram na sala.

- Por favor, ajudem ele!

Eles fazem um rápido trabalho de curativo no ferimento de bala e o levantam em uma maca. Enquanto o colocam na ambulância, eu também entro, segurando a mão gelada do Arthur na minha. 

A corrida até o hospital é um borrão. Me fizeram inúmera perguntas e tive que preencher um depoimento como testemunha. Apenas a família tem permissão para ouvir novidade sobre a condição do Arthur. Felizmente, ainda tenho o documento de identidade que o Arthur me deu no bolso, então posso me passar facilmente pela esposa dele por enquanto.

O Guarda-Costas {História Completa}Where stories live. Discover now