Arrependimento

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Nota: Boa leitura estrelinhas!
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Pov. Adrien

Após o término das aulas, caminho pelos corredores do colégio enquanto pensava sobre mais cedo. Não acredito que a Marinette fez mal a Lila, afinal não é a primeira vez que ela é pega mentindo como quando a Ladybug apareceu na nossa frente afirmando que a Lila não era descendente de uma super heroína. Mas, depois de hoje, acredito que a Marinette não é tão inocente assim. Todos vimos a Lila caída no chão e era mais do que óbvio que a Marinette a empurrou. Pode ter sido um acidente, porém se a Rossi tentou evitar que a Marinette fosse culpada...

Será que no fim das contas, a Marinette não é aquela que todos acreditamos ser? E por falar na azulada vejo a Duppain Cheng se aproximando de mim.

- A-Adrien, p-posso falar com você?

- Não pode, a minha agenda está cheia com as sessões de fotos. - A respondo. - Se tem alguém com quem deveria conversar era com a Lila, nós sabemos que ela não é a pessoa mais santa do mundo, mas o que você fez não tem explicação. Eu esperava tudo de você Marinette, menos isso. Até mais Duppain Cheng, talvez eu volte a conversar contigo quando pedir desculpas a Lila.

- E-espera. - Ouço ela gritar enquanto me afastava. - Adrien, por quê não ouve o meu lado da história? - Marinette sussurra.

Paro de caminhar e virando-me para ela digo:

- Queria poder acreditar em você. - Sigo em direção ao gorila, mas antes de entrar no carro Chloe me vê e corre em minha direção.

- Adrien, o meu motorista não tem como vir hoje, você pode me dar uma carona até em casa? - Chloe pergunta.

- Ah! Claro. - Sorrio, entramos no carro e o motorista liga a chave de ignição dirigindo pelas ruas de Paris.

Chloe durante o trajeto me lançava alguns olhares me deixando desconfortável, após alguns minutos resolvo quebrar o silêncio:

- O que tanto te incomoda Chloe?

- Ah! Adrienzinho, é sobre hoje cedo. - Ela fala. - Não sou a melhor amiga da Marinette, mas de uma coisa tenho certeza, você devia escutá-la.

- De novo esse assunto? - Suspiro cansado.

- Por acaso chegou a pensar no que a Mari-chata está sentindo nesse momento? - A Bourgeois me corta. - O que te deu na cabeça em defender aquela raposa falsificada? Eu lhes digo que ela não é nem um pouco inocente, afinal também já fui vítima de suas maldades. Tenho absoluta certeza de que a senhorita Rossi tramou contra a Duppain. Abra os seus olhos Adrien.

O carro para em frente da mansão Bourgeois e Chloe se despede não antes de me dar um aviso:

- Escolha bem com quem faz suas amizades.

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Voltando para casa depois das sessões de fotos, entro no meu quarto e Plagg sai de dentro da minha jaqueta.

- Hoje você não foi legal com a Marinette, sabia? - Plagg comenta.

- Até você Plagg? Entendi que errei, amanhã irei pedir desculpas para ela. - Pego o controle da TV e ligo no canal de notícias da Nadja Chamack, ela transmitia uma live do Jagged Stone ao vivo na Torre Eiffel. Fecho os olhos e escuto as melodias de rock até que me assusto com um grito vindo da Tv. Aparentemente o Xy resolverá entrar de penetra no show e estava tentando roubar os holofotes, não sei como tem gente que gosta das músicas dele... Ela é tão fria, repetitiva e não tem sentido. Ao contrário das músicas do Jagged que é pura emoção e o último disco dele foi o melhor até agora, o mesmo disco que a Marinette produziu a capa.

Pensando na azulada fico me perguntando se ela está se sentindo bem.

- Plagg, seria uma boa ideia visitar a Marinette? - Pergunto ao kwami. - Fico me perguntando como ela está se sentindo...

- Depois do que fez, ela deve estar bem triste. - Diz o Plagg. - Por quê não a visita?

- Não acho que ela queira me ver no momento.

- Eu não disse para visitá-la como Adrien, vá como Cat noir. - Arregalo os olhos, o Plagg é um gênio. Abro a janela do quarto e me transformo.

- Plagg mostrar as garras! - O Kwami é sugado para dentro do anel e me transformo.

Estendendo o bastão, pulo de prédio em prédio até chegar na casa dela. Subo na sacada e vendo que a porta do quarto dela estava fechado dou umas batidas e ouço passos se aproximando. Quando a Marinette abre a porta meu sorriso se desmancha ao ver o seu estado.

- M-marinette? - Pergunto. A azulada arregala os olhos ao me ver e tenta enxugar as lágrimas que escorriam do rosto. Seu cabelo estava bagunçado e solto parecendo um ninho de passarinho e ela vestia um babydoll com estampa de joaninha, corado com sua vestimenta viro o rosto de lado.

- Cat noir. - Marinette me abraça e prossegue. - Que bom que veio, estava me sentindo sozinha.

Olho para seu rosto e tocando no mesmo limpo as lágrimas que insistiam em cair.

- Não chore, você fica mais linda quando está sorrindo. - Falo sem pensar, Marinette cora com as palavras ditas. Aproveito que ela estava distraída e dou uma rápida olhada em seu corpo. Malditos hormônios adolescentes, ela está muito linda com esse babydoll. - O que aconteceu com o seu cabelo?

- Ah! Acabei de sair do banho, ia pentear os fios quando você chegou.

- Se quiser posso te ajudar com essas madeixas rebeldes antes que algum pássaro se confunda com um ninho. - Digo na tentativa de descontrair. - Ela arqueia as sobrancelhas e ri.

- Há, há, engraçadinho. - Marinette entrega a escova de cabelo nas minhas mãos e senta-se na cama. - Só por hoje gatinho. - Me sento atrás dela e começo a pentear de baixo para cima desfazendo os nós. - Sinto a Marinette se arrepiar com o toque e prender a respiração. Então é essa a reação que causo nela? Interessante. Quando termino de pentear me aproximo de seu ouvido e sussurro.

- Terminei princesa. - Vejo ela dar um leve pulo e sinto seu perfume. Uma fragrância doce da coleção Agreste. Me afasto e vejo-a corada. - Então, quer me contar porquê estava chorando? - Já sabia o motivo, porém ela iria desconfiar se eu falasse que fui um idiota em acreditar na Lila e a tratar tão injustamente.

- Ah, lembra que falei que tinha um garoto cujo gostava? - Marinette pergunta e assento. - Ele não acredita na minha inocência, hoje de tarde a Lila aprontou comigo. Ela mesma se jogou da escada e fingiu ter torcido a perna, além de ter colocado o bracelete dela na minha mochila e me acusado. O garoto e alguns alunos viram a Lila caída no chão e eu de pé na escada, mas não viram que ela fez isso de propósito. Ele não quer mais falar comigo e ficou do lado dela. - Marinette começa a chorar, se tudo o que ela disse é verdade, então espera... Arregalo os olho. Será que o garoto que a Mari gosta sou eu? Ela continua a falar. - Até a Alya acreditou na Lila.

Suspiro e falo:

- Sinto muito Mari. Mudando de assunto, quem é o garoto? Posso saber?

- Ah! Ele é... - Marinette suspira. - Não tem mais importância, é passado. Percebi que é perda de tempo ficar correndo atrás dele só para não ser correspondida e ficar sofrendo à toa.

- Ah! Me conta vai? Não deixe esse gatinho curioso. - Falo formando um biquinho no rosto.

Marinette ri de minha careta e diz:

- Acho que vou deixar o gatinho curioso, como disse, é passado. - Marinette boceja e eu me levanto da cama pronto para sair quando sinto ela segurar meu pulso e falar. - Não vai embora, meus pais não estão aqui hoje e não quero ficar sozinha. Você pode me fazer companhia Cat?

Arregalo os olhos e pergunto:

- Q-quer que eu durma aqui com você? - Ela assente e digo. - E-está bem. - Deito ao lado de Marinette e observo seus olhos azuis, se aproximando de mim ela me abraça pelo pescoço e sorri.

- Boa noite Cat.

- Boa noite princesa. - Afago seus cabelos e a abraço pela cintura, olhando para ela sinto algo se aquecer por dentro de mim. Uma sensação calorosa e aconchegante, mas não tive tempo de descobrir o que era ao sentir meus olhos pesados e acabar dormindo.

Miraculous heroes from Paris: MarichatOnde histórias criam vida. Descubra agora