Prólogo

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Hoboken/NJ – 1997

Os gritos de dor da garota podiam ser escutados por toda a ala de partos.

Ela deveria ter acreditado em sua mãe, quando lhe disse que trazer outro ser humano ao mundo, não era como os filmes mostravam. Que com apenas alguns segundos, a criança estaria fora de seu corpo e a dor passaria.

Mas a jovem estava sofrendo com as contrações por quase um dia e só então, sua bolsa rompeu. Ela gritava, xingando todas as enfermeiras a sua volta e principalmente, o pai da criança.

Ele não sabia da existência do produto do amor de verão dos dois, mas era tão responsável quanto ela mesma, por toda a dor que sentia naquele momento. Mas como desejou que ele estivesse ali.

Você tem um futuro brilhante na confeitaria, linda — havia dito, na última vez que se viram. — Espero que ainda me queira ao seu lado, quando for a mulher mais famosa do país.

Por mais que o romance entre eles tivesse terminado da pior maneira possível, com ela nem mesmo sabendo para onde ele se mudou. Nem se um dia iriam se rever e poderia contar sobre a criança que estava cada segundo mais próxima de nascer.

— Mamãe, eu não aguento mais — choramingou, apertando sua mão. — Não tem nada que possa fazer essa criança sair sozinha?

— Sinto muito, filha — Sorriu de maneira complacente e beijou a testa da jovem. — Faça só um mais um pouquinho de força e tudo isso vai acabar.

Assentindo, ela fez o que a mãe pediu e logo escutaram o choro forte da pequena menina. O choro mais melódico que ela havia escutado em seus vinte anos de vida. Assim como a face da filha, era a coisa mais linda que já havia visto.

Entre o seu próprio choro e o da criança que era colocada em seu colo, Isabel Moore notou os olhares de pena das enfermeiras. Todos a encaravam assim nos últimos nove meses, pensando que a vida da garota havia acabado, por se tornar mãe. Por isso, fez um acordo com a pequena vida que acabara de trazer o mundo:

— Você é a coisa mais preciosa da minha vida — sussurrou, cheirando a bochecha da criança, que não chorava mais. — Não deixe que essas pessoas maldosas te façam acreditar no contrário.

A bebê abriu a boquinha, fazendo Isabel sorrir largamente, as lágrimas ainda escorrendo por suas bochechas.

— Eu seguirei meu sonho e farei o possível para que você alcance os seus, Audrey. — Continuou, apertando a criança em seus braços. — A mamãe promete.

Bem-vindos!

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Bem-vindos!

Sei que foi um prólogo curtinho, mas precisava contar essa parte da história!! Curiosos para o que vem aí?

E o que acharam do prólogo? Comentem aí e não se esqueçam das estrelinhas!!

XOXO

Sob as luzes da Broadway (AMOSTRA/ COMPLETO NA AMAZON)Where stories live. Discover now