cap. 1

75 6 0
                                    

"O melhor dos treinos"
Por Pouut;,


Estava treinando, ultimamente os treinos vem sido cada vez mais duros e frequentes, o campeonato estava perto, e eu necessitava ganhar esse, somente esse...

Comecei a jogar vôlei no colegial, quando o meu pai morreu, não aguentava ficar em casa e ver minha família reclamando e chorando. Saía todos os dias, ficava vadiando por aí, até que um dia conheci um de meus melhores amigos, ele estava envolvido numa briga de rua, tudo isso por ser gay, eu, compartilhando do mesmo sentimento, resolvi ajudá-lo, e hoje estamos aqui onde estamos.

Na época ele ficou muito grato pelo meu ato, Siyter então me apresentou seu namorado da época, Trash, e o resto de seu grupo. Entre eles havia um cara, que eu conhecia muito bem, apesar de não o conhecer, era o capitão do time de vôlei do meu colégio, Carlos Henrique.

Carlos Henrique, por mais belo e atraente que fosse, não jogava no mesmo time que eu, ele gostava de laranjas, então muitas vezes eu desisti de me declarar a ele. Para me aproximar, resolvi tentar entrar pro time, o que foi uma ideia terrível, nunca havia jogado vôlei antes. De algum modo, eu consegui passar no teste, e la fui eu, participar de uma equipe de algo que eu só acompanhava graças ao meu anime favorito, estava louco de luxúria, pouco aguentava perto daquele homem, e assim foi por muito tempo.

Normalmente eu conseguia me segurar perto dele, mas tinham certos dias que eram inevitáveis, aquele belo homem alto, seus músculos ficavam mais evidentes durante os treinos, onde por conta do suor sua regata grudava em seu esbelto corpo, seus olhos demonstravam uma dedicação e profundidade que jamais encontrei em outros olhos, seu rosto era perfeito, e sua voz gritando era magnífica. Lembro-me que não pude evitar de imaginar uma cena, a melhor das cenas, aquela voz gritando meu nome ao invés de mandando os outros garotos prestarem atenção no jogo, ele suado e sua respiração ofegante. Corei bruscamente nesse momento, não só pela cena imaginada, mas também por perceber que meu amiguinho tinha acordado.

Quantas vezes não corri para o vestiário, na falha tentativa de aliviar meu corpo sedento por ele, toda vez que meu membro ficava enrijecido ansiava pelo seu toque, algo que nunca acontecia. Só me restava a imaginação, e que droga de imaginação, me colocava em cada situação, eu não nego, adorava.

O tempo se passou e o vôlei se tornou mais do que somente um meio de me aproximar de Carlos Henrique, virou algo que eu necessitava, o vôlei virou uma válvula de escape para meus problemas, minha raiva era descontada na bola, e meus pensamentos deixavam de me dispersar.

Hoje continuo assim, agora com 23 anos, estava a rumo de me tornar um profissional.

Durante o treino de hoje, percebi um par de olhos conhecidos ao meio da plateia, não sabia seu nome, mas ele sempre estava lá, com certeza algum vagabundo sem o que fazer, mas me intrigava o motivo de ele sempre estar lá.

Fiquei até depois do treino acabar na quadra, realmente não queria voltar para casa. Caminhei calmamente até o vestiário, peguei minha toalha, e coloquei sobre os ombros, quando abruptamente a luz acabou. Me joguei no banco que havia perto de mim, segurei minha cabeça com minhas mãos e suspirei. Ouvi o barulho de passos, estava assustado, o escuro não me agradava.

-Deve ser só um gato - disse em voz alta, na tentativa de me acalmar.

-Realmente, sou um gato - disse um ser desconhecido, com um sotaque tipo de baiano, que cada vez mais se aproximava de mim.

"Gato mesmo" pensei admirado com o mesmo, não sabia seu nome, sua idade ou quem era, só sabia que o homem andava libidinosamente em minha direção, e por incrível que pareça eu estava gostando.

Levantei e o olhei nos olhos, o homem tão conhecido, porém desconhecido continuava a vir em minha direção, a atração era inevitável. Parado estava, até que ele finalmente chega até mim e me prensa no armário, libertando-me de meus devaneios e fazendo um estrondo.

Qualquer um em meu lugar o empurraria, talvez pelo fato de ser um total desconhecido, mas eu não, fiquei ali, o encarando e esperando algo acontecer. Não é como se eu estivesse paralisado, podia muito bem me libertar de seus braços, isso se quisesse, mas naquele momento eu ansiava por ele.

Nossa troca de olhares durou mais do que eu esperava, estávamos lá, podia sentir sua respiração em minha pele, até que sem paciência tomei seus lábios para mim com desejo, e logo ele retribuiu na mesma intensidade. Na minha cabeça era incrível como funcionávamos tão bem juntos, mesmo nunca conversado antes. Começo então a mover minhas mãos para a barra de sua camiseta, depois as migrando para suas costas, agora desnudas. O homem que até então acompanhava meus movimentos se soltou de minha boca, separando o beijo por falta de ar. Começou então a chupar meu pescoço, arfei em resposta, e continuei o trajeto de minhas mãos até sua bermuda, depositando minhas mãos dentro desta. Com uma delas apertei sua bunda, e com a outra segui até seu membro que a esta altura já estava bem ereto. Apertei-o também, o que fez o desconhecido gemer contra minha pele.

Após isso eu senti algo acender em mim, e cansado de ser prensado, reverti a situação, o empurrando para um banco que havia ali perto, onde o beijei mais uma vez. Ainda o beijando, terminei de o despir, parei nosso beijo e depositei beijos por toda a extensão de seu corpo, até chegar em seu bingoliroliro, antes de abocanha-lo, dou uma olhada para seu dono, que olha para mim almejando que eu fizesse o que estava planejando, e visivelmente envergonhado. Avancei então para seu mamburrión, e na tentativa de o provocar lambi somente a cabecinha, ainda o encarando, desta vez ele estremeceu, já achando o suficiente continuei a descer minha boca, chegando até a base de seu pênis e subindo. Ainda o chupando, começo a depositar pequenas mordidas e beijos na extensão de seu membro, e depois paro. Começo então a o masturbar, e quando vejo que ele está prestes a gozar eu paro.

Ele me olha estranho, mas consigo ver um pingo de ódio em seus olhos, me aproximo então para sentar em seu esbelto corpo, porém ele não me deixa terminar o ato, e num rápido movimento me levanta e troca de posição.

Tira então minha cueca, que até então estava em meu corpo, e por um momento achei que ele iria me meter, mas não, ele deslizou suas mãos pelo meu corpo nu e começou a lamber meus mamilos, levou então uma mão para cima e enfiou um dedo na boca. Seu próximo ato eu considerei nojento, o dedo recém molhado foi introduzido calmamente em minha bunda, e logo começou a fazer algo, que para mim parecia uma massagem de próstata, e logo o que me parecia repudiante se tornou prazeroso. Não sei se ao pegar sua outra mão e começar a me masturbar foi um método de tortura que o mesmo encontrou, ou se ele simplesmente queria fazer as coisas andarem mais rápido, mas seja o que for, funcionava, e muito bem.

Sentia que estava perto de meu ápice, até que ele para, me viro para ele o olhando nos olhos, e as luzes acendem novamente. Agora posso finalmente ver seu rosto com clareza, e no meio da confusão da minha cabeça eu finalmente percebo o que estava fazendo.

— Me desculpa - digo num quase sussurro, mas sei que ele ouviu.

Me levanto e pego minha toalha que estava ali nos arredores, estava bem constrangido, entro então em uma das cabines, escuto seus passos se afastarem cada vez mais e me jogo aliviado contra a porta da cabine. Ligo então o chuveiro, para fazer o que eu planejava inicialmente. Enquanto a água caía em meus ombros eu pensava, pensava sobre tudo que acontecera e como foi rápido e demorado ao mesmo tempo.

— Droga, por quê? O que eu tinha na cabeça? - me lamentava.

Fechei meus olhos, não estava arrependido, pelo contrário, tinha adorado. Aquele cara realmente me intrigava, quem é ele? Desligo o chuveiro, realmente esse foi o melhor dos treinos.

fanfic legal 😎Where stories live. Discover now