Capítulo 13

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Não adianta correr bastarda - a voz ecoava na minha mente, me fazendo gritar.

Eu corria pra dentro do Castelo mais algo me puxava para eu voltar para o jardim secreto. Eu tava sem força, não aguentava mas forçar então cedi.

Um misto de emoções me cercava, eu tava com medo de morrer mais tava com raiva de não conseguir me salvar. Eu nunca precisei de ninguém pra me salvar, nunca fui vunerável mais sem meus poderes eu não sou nada.

Quando minha vista está prestes a escurecer oque me puxava foi arremeçado para longe e alguém com cabelos castanhos me carregou até o meu quarto no Castelo.

Tudo escureceu e não vi mais nada.

(...)

Acordo gritando e suando frio, não pode ser possível que eu ainda tenha essas lembranças. Mecho no meu cabelo e percebo que o sol da nascendo.

Saio de fininho o quarto, mesmo eu tendo gritado ninguém acordou. Esse povo só sabe dormir, mas damos um desconto porque fomos dormir muito tarde.

Midori é conhecido pelo céu anoite, fica lindo por ser completamente estrelado, entretanto, eu amo o nascer do sol aqui, o sol nascendo mais ainda tendo algumas estrelas faz tudo ficar mais bonito.

Airon aparece do meu lado e deita olhando pro mesmo lugar que eu. Ele parecia cansado, mas continuava de pé.

Airon: - Você é mais forte do que imagina, pessoas fortes sofrem muito sabia? - dessa vez ele não falava na minha mente e sim em voz alta - Sempre te admirei, no começo eu não era o seu lobo da guarda, mas dei meu jeito de ser.

Alya: - Como assim?

Airon: - Seu lobo da guarda era outro, mas perceberam que eu sempre te ajudava mesmo que não podendo - fico surpresa - Eu recebi uma maldição, essa é a minha última vida.

Alya: - Essa maldição é culpa minha? - ele nega.

Airon: - Me transformei em humano para saber como é. Sempre quis saber como era não precisar cuidar de alguém o tempo todo, só que descobriram e agora vou pagar caro. Depois de você pegar o pergaminho vou virar humano até a minha morte se eu não conseguir quebrar a maldição, por enquanto ainda posso ser lobo quando preciso falar com você.

Alya: - Porque ta me contando isso?

Airon: - Preciso que saiba quando é incrível mesmo quando eu for. Não vai ser difícil pra você e seus amigos pegarem o pergaminho então falta pouco tempo.

Alya: - Eu não posso quebrar a maldição?

Airon: - Não - sinto que ele está mentindo - E se pudesse não conseguiria, preciso sentir uma emoção humana e ser recíproco coisa que não dá.

Alya: - Podemos tentar.

Airon: - Já estou na terra a cinco mil anos Alya, já cumpri meu propósito.

Alya: - Quem vai cuidar de mim quando você se for?

Airon: - Você - ele me olha de canto, é estranho ver isso em um lobo - Você não precisa de um lobo da guarda, já passou por uma profecia e agora vai de encontro com uma Deusa extremamente poderosa, não precisa de ninguém pra matar seus monstros, pode fazer isso perfeitamente sozinha.

Alya:- Não teria certeza - abaixo a cabeça lembrando dos meus sonhos - Sempre que estou prestes a me afogar alguém me salva, nunca soube quem é.

Airon: - Suas lembranças são importantes, elas fazem de você oque é hoje por mais cruel que elas possam ser - ele fala dessa vez me olhando.

Alya: - E se eu me afogar?

Airon: - Nunca ninguém conseguiria te afogar, só precisa saber que é forte e isso vai te fazer nadar até a costa.

Alya: - Obrigada Airon, e eu vou procurar uma forma de te ajudar - falo levantando.

Airon: - Tenho que ir - ele sai correndo pro meio das árvores.

Volto pro meu quarto e percebo que Erick não está mais nele. Deve ter acordado cedo e ido pro seu quarto. Pego um vestido e vou pro banheiro tomar um banho.

Fico pensando no que Airon me disse e acabo sorrindo, a conversa me fez bem e me fez pensar que sou capaz de matar meus próprios monstros, todos somos.

Meu vestido era azul quase branco e tinha o decote coração de alcinha, a saia não era volumosa mas tinha um caimento perfeito e por todo vestido tinha flores rendadas. No pé coloquei um tênis branco - provavelmente vão reclamar mas não to ligando muito - e meu cabelo ficou preso em uma trança lateral.

 No pé coloquei um tênis branco - provavelmente vão reclamar mas não to ligando muito - e meu cabelo ficou preso em uma trança lateral

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Saio do quarto e vou até o quarto dos meus pais, não vejo minha mãe desde ontem e preciso saber como ela tá. Depois tenho que ir ver se minha Tia Joalin ta bem, já que meu primo ou prima acabou de nascer durante a noite.

Bato na porta e minha Tia Alice abre e depois me abraça - a mesma sempre foi muito cuidadosa comigo - vejo minha mãe está na cama dormindo, sento ao seu lado e olho pra minha Tia.

Alya: - Como ela tá?

Mari: - Bem, na medida do possível.

Alya: - Ela ta grávida? - pergunto fazendo a mais velha arregalar os olhos.

Mari: - Como sabe?

Alya: - Tia eu tenho poderes, lembra? - ela me olha e depois me assinte.

Sorrio olhando a mulher que mais admiro na minha vida. Ela finalmente conseguiu engravidar novamente, eu não a veria chorando mais por isso, ela ficaria toda feliz se já não soubesse.

Mari: - Quando ela acordar eu te chamo - assinto.

Alya: - Será que eu já posso ver a Tia Jojo?

Mari: - Melhor ver depois do almoço, foi uma longa noite para todos - a abraço e saio do quarto.

Eu tava feliz, pela primeira vez depois de uma noite de lembranças que conseguir estar feliz. Tenho que agradecer Airon depois, ele pode ser um excelente terapeuta.


Oie,gostaram?

Me senti uma filosofa nesse capítulo, depois vou tentar fazer uma montagem com uma frase desse capítulo.

Só eu que achei uma coisa nesse capítulo estranho?

Any grávida!!!!!

: )

Midori's Royalty - Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora