Love is Not a Fight.

Última Parte.

    — Cansei, sério! – Dulce se jogou no chão, respirando fundo e puxou a camisa para limpar o rosto.

Após anunciarem para Anahí e Alfonso a sua reconciliação, Christopher e Dulce resolveram se mudar para um apartamento que ele comprara. Ficava perto do apartamento da irmã e Dulce adorou isso, e o namorado da loira aproveitou para finalmente pedir a mão dela em casamento e agora também iriam morar juntos.

    — Cansou? De quê? Não fez nada. – Christopher gargalhou, sentando ao lado dela.
    — Cansei sim, sou pequena, fiz esforços demais já. – ela também riu, o encarando.
    — Engraçado, para fazer outras coisas você não cansa não é?! Pelo contrario, cada vez quer mais e mais, e eu preciso de muito fôlego pra te acompanhar... – ele gargalhou ao ver as bochechas de Dulce ficarem vermelhas.
    — Você está dizendo que eu sou uma ninfomaníaca? – perguntou, com um tom de incredulidade na voz.
    — Não, só disse que pra fazer amor você é incansável, baby – provocou, com um sorriso malicioso nos lábios.
    — Pois agora eu vou sempre negar sexo a você e alegar dores de cabeça ou cansaço – ela se levantou, o encarando debochada – E aí você vai ter um tempinho pra descansar, Uckermann! – empinou o nariz.
    — Hum, se eu fosse você não teria tanta certeza assim hein – ele se levantou, a encarando e tentando não rir.

Dulce riu alto ao ver seus olhos brilharem com malícia e saiu correndo, gritando e rindo.

Ela entrou no quarto que seriam deles – que ainda estava completamente vazio – e fechou a porta, lembrando-se somente depois que o molho de chaves estava na bancada da cozinha.

    — Esqueceu que não tem chave por dentro, mocinha? – ele abriu a porta com força, rindo ao vê-la encolhida num canto perto da janela.
    — Não amor, eu estava brincando com você – Dulce riu, vendo ele se aproximar.
    — Por quê? Tem medo de mim? – a puxou pela cintura, grudando seus corpos.
    — Não, estou vacinada contra você! – gargalhou e sentiu ele colocou uma mão entre seus cabelos, puxando seu rosto contra o dele – Amor – gemeu, fechando os olhos e sentindo ele subir uma mão por sua blusa.

    — Melhor não estar mesmo. – ele sussurrou em seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha.

Christopher pensou estar no poder, mas com uma virada brusca de Dulce, viu que não. Ela o prensou na parede e levou a boca até seu pescoço, distribuindo algumas mordidas em seu pescoço.

    — Você vai saber que eu domino você, Christopher. – ela murmurou com uma voz extremamente sensual e rouca em seu ouvido.
    — Eu já sei disso. – ela sorriu ao ver que ele nem sequer abrira os olhos, estava totalmente entregue à ela.

Eles fizeram amor ali, encostados na parede. Chegaram ao ápice juntos e fora tão bom como em todas as outras vezes. Eles conheciam um ao outro e por isso era tão mágico e incrível.

    — É sempre tão bom – ela murmurou, encostando a testa em seu ombro nu, ofegante.

    — É porque é com você – ele sorriu, beijando sua testa.

Dulce assentiu, esperou recuperar o fôlego para começar tudo de novo, provando para ele que era realmente insaciável. Mas desta vez, foi Christopher quem dominou todo o ato a fazendo ver estrelas.

Desistir de amar é deixar de lado uma parte fundamental da própria vida, e por isso mesmo é triste ver tantas pessoas tratarem o amor com desprezo, acharem as manifestações de romantismo algo feio e, principalmente, desistirem de viver um grande amor. Vale a pena amar, acreditar no amor, entregar-se ao amor. O amor satisfaz os nossos mais profundos desejos de compreender e ser compreendido, de valorizar e ser valorizado, de dar e receber.

(Roberto Shinyashiki)

Christopher e Dulce não desistiram de amar, e quando menos esperaram estiveram juntos outra vez. Construíram outra vez a sua história de amor e provaram que para eles, os obstáculos da vida, não interferiram naquele amor tão grande que sentiam um pelo outro. E seria assim, pelo resto de suas vidas.

FIM