Capítulo 17

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               — Não consigo acreditar que o senhor foi a casa dos pais dela! — Eri questionou a atitude do pai durante o almoço de domingo — O que o senhor estava pensando?

— Para ser franco, não esperava conhecer os pais dela antes de você. A oportunidade surgiu e quando percebi estava saboreando um delicioso churrasco de carne de sol e ao mesmo tempo, conhecendo a família de minha futura nora.

— O senhor consegue se ouvir? Está parecendo um lunático. Qual a parte de dar espaço a Ludi o senhor não entendeu?

— O que entendo é que meu filho fez besteira ao conhecer a mulher de sua vida e para consertar, decidiu ficar distante. Bem, alguém precisava agir.

— Pai, isso não é um problema no primário, tempo em que o senhor tinha que ir me defender. Sou um adulto que tem a prerrogativa de decidir passo a passo da própria vida.

— Ei, eu admiro muito o homem que se tornou. Ainda será você a tomar as decisões. A única coisa que fiz foi aproximar o caminho de vocês.

— Eu desisto — Eri abaixou a cabeça, buscando se controlar — Mãe, diga alguma coisa!

— Quando vou conhecer a minha nora? — Viviane sorriu ao oferecer um copo de cerveja ao filho.

Anahí ouviu parte da conversa. Reconhecendo o fato do irmão não estava disposto a ouvir conselho, ou mesmo contar o que estava acontecendo, ela simplesmente sentou ao seu lado em silêncio.

— Não vai perguntar?

— Já tem muita gente metendo em sua vida. Mas estou aqui sempre.

— Eu sei. Confesso, o Sr. Ernani fez o que eu sentir vontade, porém, ela precisava de um espaço.

— Será? Às vezes a razão nos diz uma coisa, mas nossa alma deseja outra.

— Temos o direito de decidir isso por ela?

— Não. Honestamente, não temos. Que tal deixá-la confortável nesse período? Encontre forma de fazer isso.

— Você é a melhor pessoa dessa família — Eri abraçou Anahí. Ela levantou e ao invés de partir, sentou em seu colo.

— Engana-se. Somos todos maravilhosos, mas você consegue nos superar, Anahí o abraçou mais forte.

Bíola abriu a porta do apartamento fazendo uma teatral reverência para a amiga entrar.

— Fazia tempo que você não vinha ficar comigo.

— Sempre que venho a BH, volto no mesmo dia. É muito corrido — Ludi lamentou — E na maioria das vezes, você está em viagem, como agora.

— Irei só na quarta. Se tudo ocorrer como o esperado, sábado à tarde estarei de volta — Bíola ajudou Ludi a se instalar — Estou com fome, vamos pedir algo?

— E se eu fizesse macarrão com sardinha?

— Para mim, isso seria a perfeição. Amo seu macarrão.

Ludi garantiu que poderia ir sozinha a construtora, mas foi voto vencido. Ernani recusou aceitar os argumento da engenheira visitante, informando que a viagem dela era a serviço de sua empresa e por isso, eles seriam responsáveis pelo translado. Esperando ver o homem alto e bonito, que sua amiga cismou de chamar de Sr. Delícia, surpreendeu quando uma figura maravilhosa, trajando camiseta, blazer, calça jeans e bota a buscou.

MERO CLICHÊ DE AMORWhere stories live. Discover now