O Cerco em Londres

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- Não! - Exclamou alto, sua voz ressoando pela cozinha. - Nem pensar!
- Eu avisei que ele iria adorar - disse Hermione com um ar indulgente.
- Se vocês acham que vou deixar 11 pessoas arriscarem a vida...!
- .... Porque é a primeira vez para todos nós - interpôs Rony
- Isto é diferente...
- Bom, nenhum de nós gostou muito da ideia, Harry - disse Fred, sério. - imagine se alguma coisa der errado e continuarmos para o resto da vida retardados, magricelas e "ocludos". - Harry não sorriu.
- Não poderão fazer isso se eu não cooperar, precisarão que eu ceda uns fios de cabelo.
- Então, lá se vai o plano por água a baixo - comentou Jorge - É óbvio que não há a menor possibilidade de arranjar fios dos seus cabelos, a não ser que você colabore.
- É, Onze de nós contra um cara proibido de usar magia; não temos a menor chance - Acrescentou Fred.
- Engraçado... Realmente hilário. Aí! Que droga Hermione - falou Harry pondo uma das mãos na cabeça ao ter alguns fios de cabelo roubados.
- Bem, problema resolvido. - debochou Fred batendo as mãos uma na outra uma vez.
- Vamos, não temos muito tempo... - falou Arthur pegando os fios de cabelo da mão de Hermione e pondo dentro do fraquinho que carregava com a poção. Logo depois a poção foi passada por cinco dos jovens presentes no lugar. - Certo, então, os falsos Potter alinhem-se do lado de cá, por favor - pediu Arthur. Rony, Hermione, Fleur e Fred se enfileiraram a frente da vazia sala de estar da casa.
- Falta um - disse Lupin
- Aqui - respondeu Hagrid rispidamente, e, erguendo mundungo pelo cangote, largou-o ao lado de Fleur, que enrugou o nariz deliberadamente e foi se postar entre Hermione e Fred.
- Eu lhe disse que preferia ser guarda - Reclamou mundungo.
- cala a boca - Rosnou Lupin - Como já lhe expliquei, seu verme invertebrado, quaisquer comensais da morte que encontrarmos tentaram capturar Potter, e não mata-lo. Dumbledore sempre disse que você-sabe-quem iria querer liquidar Potter pessoalmente. Serão os guardas que terão de se preocupar mais, os Comensais da morte tentarão eliminá-los. - Mundungo não pareceu muito tranquilo, mas Arthur já tinha começado a ajeitar tudo para a partida.
- Todos juntos, então... - falou Arthur olhando todos. - Harry...
- Sim! - falaram os seis Harry's ao mesmo tempo.
- O verdadeiro Harry - repetiu ele olhando ao redor.
- Aqui... - falou Harry terminando de se vestir de forma igual aos outros.
- Você irá com o Hagrid. - falou Arthur e o gigante caminhou pela sala até o garoto.
- Iremos de moto. Vassouras e testrálios não aguentam o meu peso, entende. Não sobra muito espaço depois que eu me sento, então você irá no sidecar.
- Beleza - disse Harry, sem muita sinceridade.
- Achamos que os Comensais da morte esperarão que você esteja voando em uma vassoura. - explicou Lupin, que pareceu perceber o que Harry estava sentindo. - Snape já teve tempo suficiente para acabar de informar a eles tudo que sabe sobre você, por isso, se toparmos com Comensais, apostamos que iram escolher um Harry que pareça a vontade montando uma vassoura. Muito bem, então... Calculo que faltem três minutos para o nosso horário de partida. Não adianta trancar a porta dos fundos, não vai segurar os Comensais da morte quando vierem procurar você... Vamos...

   Harry correu ao hall para apanhar sua mochila, a firebolt e a gaiola de Edwiges antes de se reunir aos outros no quintal escuro. A toda volta, vassouras saltaram para as mãos dos donos; Moli já tinha ajudado Hermione a montar um grande testrálio negro; Gui ajudou Fleur. Hagrid estava pronto aí lado da moto, com os óculos de proteção.

- É essa? A moto do Sirius? - perguntou Harry ao meio gigante.
- A própria - respondeu Hagrid, sorrindo para Harry - e a última vez que montou, Harry, você cabia em uma das minhas mãos!
- Hagrid... Cadê o Sírius? - perguntou o garoto de forma calma. O meio gigante logo se agitou em nervosismo.
- Logo Logo ele está de volta, teve que ir em uma missão urgente com Moody... - falou o meio gigante de forma apressada. - Vamos, vamos logo...
- Certo.

     Assim que Harry se acomodou no sidecar, um estrondo alto fora ouvido vindo da moto, Harry sentiu o sidecar avançar assustadoramente; estavam levantando voo em alta velocidade, seus olhos lacrimejavam um pouco, os cabelos foram varridos para trás. A sua volta, as vassouras e os testrálios subiam também: a calda longa e negra de um testrálio ultrapassou-o. As pernas do garoto, entaladas no sidecar pela gaiola de Edwiges e a mochila, já estavam doendo e começando a ficar dormentes. Seu desconforto era tão grande que ele quase se esqueceu de lançar um último olhar ao número quatro da rua dos Alfineiros; quando finalmente olhou ao redor, já não sabia distinguir qual era a casa. Eles foram subindo, sem parar, em direção ao céu.

A Filha De VoldemortWhere stories live. Discover now