National Gallery

754 75 8
                                    


Carol parou em frente ao enorme prédio branco, era muito mais impressionante do que já haviam falado para ela. Pegou o telefone e se preparava para bater uma foto da fachada quando de trás de uma das colunas alguém saiu correndo em direção a ela e a assustou.

- O que você está fazendo? – ela disse entre os dentes tentando recuperar o fôlego, Henry era grande demais e a forma que ele corria era meio desengonçada e não combinava com o tamanho dele.

- Eu meio que estava tentando te dar um susto. – ele passou a mão pelo cabelo meio envergonhado e Carol notou que ele não tinha passado pomada ou o que fosse que ele costumava usar para deixar o cabelo ajeitado, ela notou que preferia o cabelo dele dessa forma com alguns cachinhos caindo um pouco no rosto. – Funcionou?

- Sim. – ela guardou o celular sem notar que a foto que havia tirado estava completamente borrada, ela estava meio hipnotizada por ele. – Mas eu não acho que tenha sido lá uma boa ideia.

- Desculpe. – ele disse sem graça e se virou para olhar o museu. – E então, o que você acha?

- Estruturalmente falando, é um prédio bonito, mas não devíamos entrar para dar uma boa olhada no que tem dentro dele?

- Você tem toda razão. – ele estendeu a mão para frente, indicando que ela fosse na frente. – Por favor...

- Obrigada.

Os dois foram em direção a entrada do museu e quando Carol fez menção de ir ao guichê pegar o ingresso, ele balançou negativamente a cabeça e mostrou a ela os dois ingressos que tinha em mãos e os dois foram diretamente para a entrada. O museu, de início, era lindo e Carol ficou impressionada com a decoração bonita e como tudo ali dentro parecia extremamente elegante.

- Bom... – a voz de Henry surgiu atrás dela, ele não havia dito quase nada, mas foi o suficiente para fazer os pelos da nuca dela se arrepiarem. - ...vamos ter a exposição "Sin", "Artemisa", mas isso só daqui alguns meses, então acho que vamos ter que ficar com o acervo do museu mesmo.

- Você é tipo um instrutor do museu. – ela olhou por cima do ombro para ele que se aproximava para ficar ao lado dela.

- Não, eu só li em um panfleto antes de você chegar. – ele deu de ombros.

- Ok. – ela olhou para ele com um sorriso no rosto. – Então, já que você é meu guia, por onde começamos?

- Achei que você quisesse escolher. – eles começaram a andar sem uma direção especifica. – Não é como se eu conhecesse bem o museu. Eu vim poucas vezes aqui e a última deve fazer uns sete anos. – ele colocou as duas mãos para trás.

- Você deu a entender que conhecia muito do museu.

- Talvez eu só quisesse impressionar você e ter uma desculpa para sair com você. – ele disse de maneira sincera e sem querer, ele se arrependeu logo depois e saiu andando rápido em direção a uma obra qualquer, na tentativa de que ela não tivesse ouvido o que ele falou. – Hum...não sei exatamente o que acho disso. – ele olhou para a obra "O Casal Arnolfini" de Jan van Eyck.

- Eu acho que essa é uma importante obra do Renascimento, mas não do da Itália, de outros países. – Carol disse ao lado de Henry, também olhando a obra.

- Você gosta de arte desse jeito? – ele inclinou a cabeça para o lado direito tentando analisar melhor a obra e Carol imitou o movimento dele.

- Não, eu só li o que está escrito na parede. – ela deu uma risadinha e ele também, ao notar que ela se utilizou do mesmo artificio dele.

Basic || Henry CavillWhere stories live. Discover now