setenta e três

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boris

— cadê a brooklynn? — pergunto para theo.

— eu vi ela subindo para o quarto. — responde, tomando um gole de água.

— tá, valeu. — saio da cozinha. — ei, vida. — chamo s/n, que estava brincando com noturno e draco na sala.

— oi? — me olha.

— eu e brooklynn vamos tomar sorvete, quer vir com a gente?

— quero, aproveito e levo ele para sair um pouco. — acaricia os pelos do cachorrinho. — eu só vou colocar outra roupa, tô passando frio com essa. — levanta do sofá. — aproveito e desço com a brook.

— tá, eu espero vocês aqui. — me sento no sofá e começo a brincar com os bichinhos. — ai, noturno. — resmungo quando o gato morde minha mão. — por que você fez isso, porra?

ele solta um miado e sai do sofá, indo até a escada.

— você me odeia, né? — questiono e o gato para de andar.

ele vira e me olha de um jeito estranho.

— você está me julgando, não é? — noturno mia novamente e se aproxima de mim. — você é bipolar pra caralho. — murmuro e ele me morde de novo. — tá, eu já entendi que você me odeia. — me afasto dele.

o gato se aconchega em uma almofada que tinha ali e fica quieto.

— mas você me ama, né, filho? — olho para draco.

o cachorrinho late e lambe meu braço.

vou levar isso como um sim...

— estamos prontas, podemos ir? — escuto a voz de s/n.

olho para a escada e vejo ela descendo ao lado de brooklynn, que segurava uma coleira e uma sacolinha em suas mãos.

— vamos. — me levanto do sofá e seguro draco no colo. — pra que isso? — aponto para as coisas nas mãos de brooklynn.

— a gente vai levar ele pra passar também, boris. — a menor fala. — e se ele fizer cocô? não vamos deixar na rua.

— ata... — seguro a mão de s/n. — vem, vamos.

— eu não vejo a hora de tirar esse gesso. — s/n murmura. — essa porra incomoda. — sai de casa.

— semana que vem você vai estar livre disso, amor... — falo. — e nós vamos poder fazer algumas coisas. — sussurro.

a garota sorri de lado e balança a cabeça negativamente.


— vão comprar o que vocês querem, eu espero vocês aqui fora. — falo para s/n e brooklynn. — não posso entrar com ele. — aponto para draco.

— tá. você quer alguma coisa? — s/n pergunta.

— um milkshake de ovomaltine.

— ok, a gente já volta. — ela e brooklynn entram no estabelecimento.

é estranho eu querer tomar milkshake no frio?

fico uns 10 minutos esperando as duas do lado de fora da sorveteria.

— posso levar ele? — brook aponta para draco.

— depois que você tomar seu sorvete. não vai conseguir fazer duas coisas de uma vez. — s/n fala e toma um gole de seu milkshake. — toma. — me entrega um milkshake.

— valeu. — sorrio.

— o que você acha de irmos para um parque? — brook questiona. — nós podemos terminar de tomar isso e depois passear com ele. — aponta para o cachorrinho.

— pode ser. — s/n responde e eu concordo.

começamos a andar até um parque que tinha ali perto.

— eu tô ansiosa para semana que vem. — brook fala, se sentando em um banco.

— por que? — indago.

— vou pra escola... pela primeira vez.

— sério? — a menor assente. — que legal, brook.

— não sei se acho isso legal... eu tô com medo. — toma um pouco de sorvete.

— por que? — s/n indaga.

— e se não gostarem de mim?

— não tem como não gostar de você, meu amor. — minha namorada segura a mão de brooklynn. — você é uma garota incrível!

— sou mesmo?

— você sabe que sim. — sorri. — mas se isso acontecer... não liga pra isso, tá?

— e se alguém tentar me bater?

— você conta para a professora ou professor.

— e se não acreditarem em mim?

— bate de volta.

— posso fazer isso?

— sim, mas não conta pra ninguém que eu te disse isso. — s/n pede.

— tá bom. — brooklynn assente.

— mas tem uma coisa. — minha namorada chama a atenção da garotinha. — se alguém falar alguma coisa pra você, que te faça se sentir mal... quando chegar em casa conta pra gente. pode ser pra mim, pro boris, pro theo ou para a win. mas você tem que contar.

— o que vocês vão fazer se isso acontecer?

— já que vão ser crianças eu não posso bater em ninguém... mas depois e vejo. — s/n diz. — agora toma seu sorvete antes que derreta.

depois de uns minutos, brooklynn termina de tomar seu sorvete e pergunta:

— posso passear com ele? — aponta para o cachorrinho.

— sim, mas fica aqui perto, tá? — a olho.

— tá bom. — assente e sai dali junto com o bichinho.

— eu espero que a brook não sofra bullying, isso é horrível. — murmuro, abraçando s/n de lado.

— eu também. — concorda, deitando a cabeça em meu ombro.

olho para a garota sorrindo e levo minha mão até seu rosto.

— eu já disse que você é perfeita? — questiono.

antes que ela possa responder, colo nossos lábios.

s/n leva suas mãos até meus cachos e os puxa de leve.

eu amo essa garota...

— eu te amo. — junto nossas testas.

— eu te amo. — s/n sorri e me beija novamente.




que bostak

 middle of the night, boris pavlikovsky+youWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu