Capítulo 20 - Iminente

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P.O.V America


Maxon, logo após a minha família, passa à de Elise, de longe a maior, porém a mais refinada do grupo. Seus dois irmãos pareciam mais rígidos que os guardas, até mesmo o pequeno; seu pai e quem presumo ser sua madrasta fizeram uma reverência quando Maxon se aproximou, apesar de, novamente, eu ainda não fazer ideia de como esses adultos sabem como nós tratamos Maxon e Asher – Será que lhes deram instruções durante o voo? –, apesar de que talvez Elise tivesse pedido a eles para que agissem assim. Mas sua família era interessante, eles davam a impressão de ser tão polidos, com seus cabelos negros e os rostos parecidos entre si, que se sobressaíam em relação às roupas bonitas.

Ao lado deles, Natalie e sua lindíssima irmã mais nova cochichavam com Kriss enquanto seus pais se cumprimentavam. O foyer inteiro estava repleto de uma energia entusiasmada.

Olhei ao redor e vi Asher conversando com uma Celeste sozinha... onde estariam os seus pais? Será que estavam apertados da viagem e foram ao banheiro? Isso não parece algo que Celeste deixaria que fizessem.

– Você não gritou mais com ele em seus encontros, não é, America? Ele é um moço tão educado, não merece ser tratado assim. Também, sendo filho de Zeus, não poderia se esperar algo diferente – minha mãe começa a tagarelar. Mesmo tendo começado com uma bronca, era incrível como ela pôde passar o assunto para Apolo facilmente, mesmo que seu nome não tivesse sido mencionado.

Olho pro meu pai, de maneira desconfiada.

Solto um suspiro, vendo que ele não fez tal ligação, apenas nos encara com uma expressão confusa.

– Na verdade, mãe, a gente discute quase sempre.

– O quê? – ela pergunta, de queixo caído. – Pois pare com isso!

– Ah, e eu dei uma joelhada nas partes dele uma vez.

Ficamos em silêncio por uma fração de segundo, até papai começar a fazer caretas para não rir. Cubro a mão com a boca para não rir da expressão ele, apertando os lábios e tentando conter as gargalhadas. Tento parar, mas as risadas continuam a sair, fazendo uns sons estranhos e agudos que me deixam com vergonha.

Minha mãe está mais branca que a neve.

– America, me diga que isso é piada. Me diga que você não atacou um deus.

Não sei por quê, mas a palavra "ataque" foi a gota d'água e meu pai também começa a rir, minha barriga doendo e minha mãe nos encarando com uma cara de poucos amigos.

– Desculpe, mãe – falo, conseguindo finalmente me controlar.

– Ai, meu Deus.

E, de repente, minha mãe parece superanimada em conhecer os pais de Marlee, e eu não a impeço.

– Então ele gosta de mulheres que não baixam a cabeça – diz meu pai, enquanto observamos mamãe se afastar. – Já passei a gostar mais dele.

Sorri para ele, mas meu sorriso sumiu quando quase bate contra Asher.

– Senhora Singer! – ele a saúda, com sua voz bem humorada e cativante. Nos aproximamos deles, um pouco tímidos, certamente. – Senhor Singer! – Ele parece espontaneamente alegre em os ver. – É um prazer finalmente conhecer as pessoas que criaram a nossa querida senhorita America.

Percebo que ele tomou o cuidado de falar criar ao invés de qualquer outra coisa que eu provavelmente falaria para uma pessoa que não é filho de um deus grego, tipo produzir, exatamente como James falou para nossos pais quando Kenna o apresentou a eles: "Acho que devo agradecer-lhes por terem produzido o amor de minha vida." Pelo menos ela não era uma bastarda.

A Elite - A Seleção Semideusa - Segunda TemporadaWhere stories live. Discover now