Capitulo 21, Fim.

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Uma semana depois consegui alta do hospital, mesmo com algumas dores aqui ou acolá eu já conseguia andar e fazer os movimentos mais simples para a razão da existência humana de uma forma melhor, então o médico decidiu que eu deveria ir pra casa.

-Vamos pra casa, meu amor?_ Diz minha mãe

-Claro, só me ajuda... _Me esforço pra sair da cama. - A levantar!

Mamãe desce a minha direção e saímos juntos do hospital, ela me coloca no carro e partimos em direção a minha casa. depois de muito tempo tendo o Saymon por perto me bateu aquela abstinência do que pode acontecer daqui em diante, tudo começou com um amor disfarçado de ódio e mudou totalmente a estratégia, depois de tudo que vivi esse ano, imagino que há pessoas tendo formas bem mais calorosas de viver que eu imaginava, creio que Dumbledore errou em sua frase, pois sei que a natureza é nossa maior fonte de energia... Sem ela não haveria espíritos, humanos, nem essa merda toda que chamamos de sentimentos.

Vejo através da janela do carro em tons de preto que estamos chegando à minha casa, essa sensação de estar seguro me afeta completamente bem, saber que estou ao lado da minha mãe mesmo com muitas dores me faz pensar no quão feliz eu sou ao tê-la do meu lado.

Assim que saio do carro, me deparo com a minha casa, que, mesmo que nostálgica, se encontra cheia de espíritos, talvez alguns deles bem mais raivosos que o Saymon, me apavoro, achei que essa situação já tinha sido resolvida a muito tempo.

Minha mãe para por um tempo e me olha, depois de tudo que eu havia contado para sobre as questões terrenas a ela durante esse tempo em que estávamos no hospital e entende que há algo ali que ela não consegue ver, que talvez seja melhor ela não ficar por perto, olho em seus olhos e ela confirma voltando para o carro.

Assim que cheguei lembrei das palavras de Karem, que o meu coração me guiaria e que quando chegasse a hora (e que hora grandiosa, né? nem andar eu estou conseguindo, veja lá levar espírito a outro local) Fecho meus olhos e deixo-me ser guiado, eu não sei o que fazer, então apenas imagino o acontecido enquanto falo.

-Pela luz que brilha em meu coração, Por Marte, Vênus, Urano e Netuno, invoco o poder do bem, da luz e paz! Sejam libertos de seu males em terra e que seja feito o julgamento antes que seja tarde demais para a alma em morte.

-Apareçam! Mostrem-se! Logo após, subam para o véu da concordância, onde serão julgados e levados aos seus destinos. Lhes foi tirado o direito de vida e não façam o mesmo com Os outros! Pelo poder que me foi dado no véu, ordeno!

Todos eles ficaram visíveis, o céu estronda com um raio, todos se abaixam e eu me mantive em pé, com meus pensamentos intactos. Não podia contar nada para eles mas isso não significava que eles não poderiam ver.

Logo após o acontecimento karem aparece pela última vez, dessa vez todos conseguem ver, ela está com um ar de mensageira, está mais brilhante que nunca e muito bonita.

-Esta será minha ultima mensagem a ti, após seu sucesso na guia dos espíritos parasitados em terra, agora essa será sua missão até os últimos dias, casos como esses são raros mas acontecem e creio que em sua vida você possa ter a sorte de encontrar mais dois ou três, quando os encontrar, você sentirá a felicidade dos céus em ti, sendo assim, lhe concedo esse poder. Agora vá ao seu destino, viva, ame! Você é capaz de fazer tudo isso desde que lhe foi dada uma segunda chance.

Entramos na casa e falei para a minha mãe que estava tudo bem, que eles já foram embora e que essa talvez fosse uma nova fase da minha vida a qual ela deveria se acostumar, pois, pensando bem, esses podem não ser os únicos espíritos rondando por aí.

ESPIRITO (GAY)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt