Querida Mãe, Eu Matei Alguém [CONCLUÍDO]

15 de Fevereiro de 1987

Nem-tão-querida Mãe,

Em apenas dois dias eu estarei morto, serei eletrocutado até a morte.

É estranho acreditar que isso realmente vai acontecer, depois de tudo.

Por que eu fui inventar de escrever à você, mamãe?

Bem, há muito tempo fui condenado à morte por inúmeros assassinatos e tentativas de assassinatos.

Fiquei no corredor da morte por muito tempo, inúmeras vezes minha execução foi adiada, e hoje vieram me avisar que depois de amanhã serei executado na cadeira elétrica.

Os policiais, no início ficaram surpresos pela quantidade de mulheres que haviam na plateia do meu julgamento, muitas se recusavam a acreditar que eu era um serial killer. 

O que posso dizer? Eu sou muito carismático.

Sophie conseguiu o divórcio que queria, e agora está noiva de um outro homem, eu soube. E adivinha quem? O pequeno Timmy. A esposa dele se divorciou assim que fui à julgamento, ela dizia que tinha medo que ele estivesse envolvido com meus crimes. Como se aquele pequeno idiota fosse capaz de algo assim.

Eu pensei em escrever à você todos os dias desde que fui condenado. Mas nunca o fiz.

Eu não sei por que achei que pudesse confiar na minha própria mãe.

Acredita que agora sou o serial killer mais famoso dos Estados Unidos, e talvez no mundo inteiro? Eu lhe disse que um dia todos iriam saber quem eu sou, de um jeito ou de outro.

Mesmo que peçam minha cabeça, ou que eu seja queimado em praça pública.

Eles sabem quem sou.

Eu sou o bastardo de coração mais frio que alguém poderia conhecer. 

Eu sou a face do mal.

O verdadeiro retrato de um psicopata, como eles mesmos dizem.

É uma pena terem decidido me matar antes que eu implorasse pela minha vida e acabasse confessando todos meus crimes.

Eles nunca saberão quantas mulheres eu matei. Nem encontrarão seus corpos. E no fim, eu serei cremado e jogado ao pé da montanha de West Brupstom, onde várias delas estão enterradas, assim estarei mais uma vez unido à elas na morte.

Meu fantasma assombrará toda alma viva nessa penitenciária, não me esquecerão tão fácil, como minhas vítimas não me esquecerão jamais.

Eu ficarei marcado na história.

E quando esta carta chegar à você, provavelmente já estarei morrendo, amarrado e sendo fritado até a morte com uma banca de espectadores se deleitando com meu sofrimento enquanto centenas de pessoas gritam do lado de fora, comemorando a morte de mais um filho da puta como eu.

Obrigado por nada, mamãe.

Seu filho bastardo, Ted.