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Eu queria fica sozinha, repeti a mim mesma que não precisava de companhia, que era melhor assim. Sozinha eu não machucaria ninguém, não desejaria machucar.

Mas, nunca fui boa em mentir para mim mesma. Por isso, estou aqui encarando a porta de calvário bem feita e onarmentada a minha frente.

Eu só precisava entrar, mas não sabia como o fazer. Toda a bravura e determinação haviam evaporado de uma hora para outra. Lá dentro eu podia ouvir o som de sua respiração rítmica e calma. Devia está dormindo... Eu deveria estar dormindo.

Suspirei, tentando acalmar o órgão em meu peito que parecia querer fugir por minha boca.

Segurando a maçaneta, girei-a abrindo a porta e entrando silenciosamente, antes que perdesse a coragem.

Quase ri com o pensamento. Horas atrás eu teria matado um homem sem pestanejar, eu matei um homem dias atrás, mas agora me sinto uma covarde por algo tão bobo como visitar o quarto de Aaron durante a madrugada.

O que Urick diria se soubesse que na verdade, era eu que não conseguia sair das calças de Aaron?

Nada. - Lembrei. Ele não diria nada pois eu já havia cuidado de sua boca venenosa.

Deixando de lado os pensamentos, observei o homem sem camisa adormecido a minha frente. A vista era bela. O tronco forte, os braços musculosos, a barba por fazer, tudo em seu devido lugar. Então o calor sobre minha pele me lembrou o porquê de eu estar aqui.

Eu precisava dele.

Por esta noite.

Talvez por todas elas.

Deitei-me ao seu lado na cama. Aaron me puxou, levando meu corpo de encontro com o seu.

Ele estava acordado - muito bem acordado aliás. Por quanto tempo? Eu não queria saber, meu rosto já queimava. Eu sabia que ele também possuía dons. Assim como eu ela podia sentir, então provavelmente ele sentiu o meu cheiro, escutou meus passos, as batidas de meu coração. Eu só havia deixado de lado esse conhecimento.

Aaron inalou o cheiro de meu cabelo enquanto me abraçava sem dizer nada. Esse simples gesto causou-me arrepios por todo o corpo. Ele beijou suavemente a base de minha mandíbula, gemi baixo com o toque de seus lábios.

- Senti sua falta. - Sussurrou rouco em meu ouvido.

O apertei mais contra mim. Todas as parte de seu corpo agora estavam coladas com as minhas.

Estremeci com o contato.

Céus, eu também havia sentido.

Olhei em seus olhos, azuis cinzentos, que agora queimavam sobre mim. Eu amava isso, os olhos de Aaron com desejo, os fios de cabelo rebeldes, grassos lisos e negros presos sobre a testa, a boca curvada em um meio sorriso provocativo, as batidas fortes de seu coração abaixo de minha mão sobre seu peito.

Ele era minha ruína e eu amava me arruinar.

O beijei, sentindo o contato macio de seus lábios húmidos contra os meus. Aquele sentimento, aquela sensação agridoce era o que eu precisava, o que vim buscar. Me permito passar a mão por seus fios sedosos, apreciando a sensação. Seu lábios nunca deixaram os meus, mas suas mãos estavam em todos os lugares. Gemi, dando assim passagem para sua língua, então o beijo tornou-se quente, fevoroso até. Eu precisava de mais.

Separando-me de seus lábios, comecei a puxar sobre a cabeça as infernais camadas do vestido de dormir, ao qual havia colocado um pouco antes. Grunhindo Aaron ajudou-me a me despir.

Nua, me deitei deixando que seu olhar contemplativo passasse por cada parte de meu corpo. Isso acendeu ainda mais a chama dentro de mim.

Aaron não se incomodou em livrar-se do restante de sua roupa, primeiro ele queria levar-me a loucura. Seus lábios macios passearam por meu corpo, fazendo um trajeto de minha boca, para meu pescoço onde deixou um chupão que poderia muito bem ter me feito ver estrelas. Depois, demorou-se em minha cravicola, onde havia deixado beijos molhados, lábios e língua até seguir para os montes sensíveis que eram os meus seios. Ali naquele ponto, eu já não sabia meu próprio nome. Só havia Aaron, boca, dentes, língua, chupões e eu ao ponto de derreter.

Implorando por mais - sempre mais de Aaron, gemi seu nome meia dúzia de vezes até que ele se convencesse de que também precisava de mais.

Aaron se despiu por completo e eu só pude arquejar. Havia me esquecido de todo o seu esplendor.

Corei.

Aaron sorriu em aprovação, e aquilo me fez sorri também.

E perguntei se em meio a tanta desgraça e amargura alguém poderia se sentir feliz, mesmo que por um prevê momento.

Aaron curvou-se sobre mim, alinhando nossas intimidade. Mas, quando esperei pela sensação de preenchimento, ela não veio. Aaron me observava, atento enquanto acariciava a maçã de meu rosto.

- Eu te vejo. - Sussurrou emocionado. - Eu te amo.

Sim, eu poderia ser feliz.

- Eu te sinto. - Solucei. - E eu também te amo.

Aaron entrou dentro de mim, e todo o prazer, todo o amor compartilhado eram como uma promessa silenciosa para mim. Eu lutaria, para viver este momento pelo resto de minha vida.

Meu corpo queimava a cada nova estocada dele contra mim. Dentro de meu ser, o frio na barriga era uma sensação de puro ecstasy a qual eu estava viciada.

Gemi alto quando um ponto dentro de mim foi acertado, e Aaron levou isso como incentivo pois acelerou os movimentos, indo cada vez mais e mais fundo. Impulsionei nossos corpos, sequer sabia o que estava fazendo, mas quando Aaron girou sobre a cama, ficando deitado para que eu pudesse estar por cima, percebi que era isso pelo qual ansiava. A princípio me movimentei devagar, apreciando. Aaron blasfemou, agarrando com suas mãos minha cintura, enquanto seu peito descia e subia com força, a sensação de senti-lo crescer dentro de mim foi maravilhosa então me movi com mais força, mais rapidez. Meu quadril ganhou vida própria, senti meu músculo íntimo apertar quando o clímax me atingiu juntamente com o de Aaron, eu gritei de prazer.

Quando finalmente estávamos o dois deitados com a respiração acelerada, tentando recuperar o fôlego, Aaron me surpreende ao dizer:

- Casa comigo.

Não foi uma pergunta. Percebi.

Sorri.

Sim, eu poderia ser feliz.

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Se vocês soubessem o que eu sei, estariam chorando. Eu estou.

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Sétima Filha - Traída Where stories live. Discover now