𝐖𝐀𝐒𝐇𝐄𝐃 𝐀𝐖𝐀𝐘 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔 ━━━ larry stylinson.

° ˛ 𝐈 𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐊𝐍𝐎𝐖.

oi gente. venho aqui com mais esse, pedindo com toda a delicadeza.

não fiquem braves comigo com esse capítulo hehehe 

de qualquer forma,

boa leitura!!!

😭😡😴

── Lou, eu não estou muito bem.

Imagine. Essa ser a primeira coisa que você ouve ao atender um telefone ou quando vê seu filho passar pela porta com lábios azuis e prestes a desmaiar.

Harry tenta evitar colocar-se no lugar de sua mãe, irmã ou padrasto nos momentos em que recorria a eles, pálido, com dores infernais e muitas vezes com a boca azul por falta de oxigenação, pois sentia-se culpado em preocupá-los daquela forma. E agora, para ajudar, havia conseguido mas um para assustar.

Contudo ele não ligaria se não fosse muito sério. E era, muito sério! Suava feito um gringo nas praias do Brasil ── disso ele entende, havia visitado algumas com a família ──, mas aquele suor ruim, frio, que ensopa sua roupa e congela seu corpo, gerando arrepios que correm a coluna rapidamente. Além disso, não conseguia respirar direito, a ansiedade já lhe deixava nos nervos devido a sua incapacidade de lidar com aquilo sozinho.

Porra, nem mesmo Niall estava ao seu lado para lhe guiar.

Em sua própria cabeça, era capaz de escutar seu coração num tum-tum-tum-tum incessante conforma as mãos tremiam e lutavam para que permanecesse segurando o celular próximo ao fone de ouvido.

── Hazz? Onde você está? ── A voz alheia soou desesperada, mais do que esperava.

── Facul— Facul— Entrada... ── Harry ofegou entre profundas puxadas de ar, mas não era o suficiente. Olhou mais uma vez para a mochila aberta em seu colo apenas para ter certeza de que a maldita bombinha não estava lá. ── Lou... Eu—

── Shhhh, escuta o que eu vou te falar. Não desliga o telefone, ok? Fica na linha. Eu estou indo aí... Chegando já. Enquanto isso, quero que respire comigo, ok? Você consegue, você é bom nisso.

Ele sabe. Sabe que elogios são o ponto fraco de Harry, que tudo o que faz na sua vida é para agradá-lo, então ainda que o corpo do mais novo lute contra seus comandos e que seu peito queime miseravelmente na região perto das costelas, levando-o a se encolher, Harry faz o que é orientado pela vozinha quente em seu ouvido.

Ar entra ──── Ar saí.

Ar entra ──── Ar saí.

Ao fundo da ligação, podia ouvir alguma movimentação agitada. Louis sussurrou algo sobre uma emergência a alguém e logo em seguida portas bateram, portas se abriram e um carro deu partida. Sente o corpo como se um carro fosse e voltasse por cima deste e ao mesmo tempo estivesse prestes a ser engolido por um buraco negro, com um dor de cabeça gritante acompanhada de dores no peito infernais.

Ar entra ──── Ar saí.

Ar entra ──── Ar saí.

Puxa o ar e o solta no ritmo guiado por ligação, Louis falando consigo o tempo todo, mas não é o suficiente. Já é capaz de sentir as lágrimas se derramarem por seu rosto. E continua a tentar respirar pelo o que parece horas, uma eternidade completa e mais mil anos. Uma eternidade completa, mais mil anos e uma aula da professora Smith se tão lentamente que o tempo passa. Ainda sente o coração bater rápido demais e sente-se zonzo, sua visão quase que completamente escurecida, mas ele continua a forçar mais.