𝘁𝗵𝗲 𝗴𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻 𝗴𝗶𝗿𝗹 | 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍

༶༝☆༝༶ seven

N O A H  U R R E A

— Está bem. — diz e estrela os dedos. — Você começa.

Começo a pensar em alguma pergunta e vou na mais simples.

— Cor favorita?

— Branco. Minha vez, cantor favorito?

— Harry Styles, qual sua música favorita?

— Provavelmente "Hold On", do Chord Overstreet.

Faço uma careta.

— Você não fica triste ouvindo essa música? Porque, eu fico.

— Depende de como eu estou me sentindo. Quando estou feliz eu ouço ela e sinto um alívio, percebo que estou realmente feliz a ponto da música não me abalar. Quando estou triste, choro com ela. Quando estou com medo, me conecto com ela e deixo minhas emoções serem transmitidas por cada verso da música. — ela cora ao perceber que eu a olhava fixamente. — Hum... Qual o seu sonho?

Dou uma risada.

— Não tenho nenhum sonho. — dou de ombros.

— Como não? Não existe algo que você queira muito, mas acha que está muito longe para alcançar mas mesmo assim não desiste? — pergunta e eu nego com a cabeça.

— Não tenho sonho, nem algo planejado. Deixo rolar as coisas em seu tempo, se eu conseguir fazer algo, vou lá e faço. Minha vida não é direcionada por um caderno de anotações com meus afazeres. É virgem? — pergunto e ela revira os olhos.

— Não Noah, não sou virgem. Sou virgem apenas no signo. Fale algo que ninguém sabe sobre você.

Penso um pouco para responder e logo falo:

— Eu tenho ansiedade. Crises de pânico. Fui diagnóstico com quinze anos. — digo. — Só meu pai sabe. E agora, você.

— Em relação a quê?

— A tudo. E a nada. Agora estou conseguindo administrar. Reconheço quando eu não vou conseguir, e nesses casos eu fujo da situação. Eu tomo remédio para isso. Não é nenhum, grande transtorno.

— Por que só seu pai sabe?

— Não quero que as pessoas me tratem diferente. Apenas isso.

Quando eu ia perguntar alguma coisa a ela, nossas comidas e bebidas chegam.

— Depois continuamos. — diz.

Ela revira os olhos ao comer a comida em aprovação ao gosto, e eu me mexo desconfortável na cadeira imaginando outras coisas.

Mini Noah, fique no lugar!

[...]

Terminamos de comer e a comida realmente estava muito boa. Peço a conta e Sina faz questão de pagar o seu prato.

— Vamos alugar um carro.

— Tem mais alguma coisa para fazermos hoje? — pergunto ao sairmos do restaurante.