Prometo.

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Olhei para Bruno e percebi que ele estava triste.Isso não estava fazendo bem a ele,lógico,ficar presente no local aonde sua mãe morreu.Eu iria odiar,mas,ele estava fazendo isso por mim.

-Olha,você não precisa ser forte por mim,tá?

-Como assim?

-Isso não está te fazendo bem,eu sei.

-Lara...Você não faz ideia de quantas vezes eu vim aqui,pra conversar com ela.Eu juro que ela sempre me ouve.Nunca me responde,mas eu sinto ela aqui.O cheiro do perfume dela...Tudo.-Ela deitou a cabeça no meu colo.

-Bruno,-Eu alisei o seu cabelo,quando percebi que ele estava querendo chorar.-Você quer me ver chorar?

-Nunca.Porque?

-Porque se você chorar,é isso que vai acontecer.

 Ele esfregou as mãos no rosto.

-Não vou chorar,prometo.

-Para com isso.

-O qu...?

-Para de ser forte por mim!Sei que quando você vem aqui,você chora.Bruno,ela é sua mãe,não vou sentir raiva por causa disso,eu juro.Pelo contrário,vou me apaixonar mais ainda por você.

 Ele ficou uns minutos em silêncio,e depois percebi que já estava chorando.Senti meu coração parar por uns instantes.Mordi o lábio bem forte pra não chorar junto com ele.Fiquei alisando os seus cabelos,sentindo uma dor imensa,eu não aguentava vê-lo assim.Olhar pro rosto dele,avermelhado,e o semblante dele não escondia a sua tristeza,e nem o meu.Mas,eu não chorei.Sei que ele não estava bem e,se eu chorasse,iria piorar tudo.Respirei fundo algumas vezes,e quando anoiteceu,decidimos ir embora.

-Tá com fome?-Bruno perguntou,depois de um tempo em silêncio.

-Tô faminta.

 Paramos em um restaurante e comemos.Bruno não falou nada enquanto comia,e eu não tive coragem de falar nada também.Qualquer coisa que eu falasse,poderia irritá-lo,mas aquele silêncio estava me deixando incomodada.

-Bruno,eu...-Ele me interrompeu.

-Posso dormir na sua casa?

-Pode,claro,mas porquê?

-Eu só não quero ir pra casa.Não quero ver o meu pai.Pelo menos não hoje.-Ele,depois de horas sem olhar nos meus olhos,moveu os olhos até os meus.

Assenti.

 Saímos do restaurante e fomos pra minha casa.Estávamos saindo do carro,e Bruno estava andando na frente,ainda em silêncio.

-Bruno,para.-Ele parou,mas não olhou para trás.-O que está acontecendo?

-Nada,Lara.Podemos entrar?

-Não.-Ele cambaleou.-Não até você me explicar direitinho.Estou escutando.

-Hoje,não.Por favor,vamos entrar.Eu te imploro,acabei de visitar o lugar onde minha mãe morreu,não quero falar sobre isso agora.Eu te prometo que te digo,tudo,mas não agora.Não hoje.

-Tudo bem,mas eu vou cobrar.Vamos.

 Subimos para o meu quarto.Deitamos na minha cama e ficamos em silêncio.Nenhum dos dois conseguia dormir.Só ficar calado.Depois de quase uma hora em silêncio,eu levantei a minha cabeça e lhe dei um beijo.Ele retribuiu me colocando em seu colo.Fiquei beijando o seu pescoço e ele disse:

-Lara...

-Shii...-Coloquei um dedo em sua boca,e voltei a beijá-lo.

 Bruno arrancou a sua camisa e a minha,e não parava de me beijar.Quanto tempo que eu não sentia isso.Tanto tempo sem ter um momento,meu e dele.Ele tirou o meu short devagar.Me arrepiei e ele sorriu de leve.Mordi forte a sua boca,e ele gemeu alto,e me beijou.Ele me tinha na palma de suas mãos e sabia disso.Eu enlouquecia perto dele,isso não é normal.Quando ele se vai,uma parte de mim vai atrás,implorando que ele fique.Estamos tão perto e ao mesmo tempo tão distantes...E eu o quero cada vez mais.

O irmão da minha melhor amigaWhere stories live. Discover now