Era um dos meus “fantasmas do passando”. Tratava-se, das Ladys Fiona e da sua filha Jovina. Para minha infeliz sorte, são minhas parentes. Digo isso só a respeito da Jovina. Ela só aparecia na minha infância para infernizar a minha vida!
— Oh minha prima maravilhosa! — abraçou-me fingindo felicidade.
Largou-me rapidamente ao notar a presença do Beto.
— Betinho querido! Como estás elegante! — ofereceu a sua mão, para que ele beijasse.
Ele apenas pegou, e deu um leve aperto cordial. Não pronunciei palavra alguma, mas em meu ser, eu vibrava de felicidade.
Ela aproximou-se e falou quase como um sussurro.
— Ainda segues a minha prima como um cãozinho, Betinho querido.
— Alberto, por gentileza. E sim, eu sigo a minha princesa por onde quer que for. — respondeu no mesmo tom de voz.
Era uma emoção após a outra. Um pena mesmo, não estarmos a sós.
Minha mãe e sua irmã, a tia Fiona, saíram, deixando apenas nós três.
— Prima querida, eu não pude deixar que passasse por tudo isso sozinha, precisava dar meu apoio.
— Estas falando sobre o que? Eu estou ótima!
— A não ser que achas difícil ter que escolher entre os seus trinta pretendentes, minha princesa. — gracejou o Alberto.
— E por falar nisso, onde eles se encontram? Ouvi dizer que eles são de tirar o fôlego. — disse se abanando com a mão. —ainda não aprendestes a não se menter nas conversas dos seus superiores, Betinho querido?
— Em primeiro lugar, onde os meus pretendentes estão não lhe diz respeito. — falei sem muita paciência. — em segundo lugar eu exijo que se desculpe com o Beto. Não admito que destrate os meus amigos, nem ninguém aqui nesse palácio. Achas que ainda sou aquela garotinha boba e ingênua, que manipulavas na infância?!
— Não sejas rancorosa prima, sei que presas o perdão, porque não oferece ele a mim?!
— Claro Jovina, te perdoei faz tempo. Só quero que saiba que não sou mais aquela garotinha. E agora, eu acostumado arrancar o mal pela raiz. — falei com os punhos cerrados. — agora se desculpe com o Alberto, ou podes voltar de onde viestes.
— Para que tanta agressão? Só estava brincando com o Betinho. Perdoe-me, sabes que só falei em forma de brincadeira, não sabes, querido?
— Não me chame de Betinho, por gentileza e, muito menos de querido.
— Os jovens já estão na sala de treino, princesa. — avisou um dos guardas.
— Acho que esqueci de mencionar que pretendia fazer isso amanhã — bufei. — agora preciso comparecer.
— Irás colocar a vossa armadura, princesa? — perguntou a Guilhermina.
— Irei sim. Agradecida, Guilhermina.
— Ui, vou vê-los, lutar! Até que enfim, meus olhos contemplarão aquelas obras de arte. — disse a Jovina, toda empolgada.
Eu não disse nada. Apenas segui o meu caminho. Não daria conta de responder a Jovina á altura, sempre que ela merecesse.
Alberto e Guilhermina seguiram-me. Sinto-me mal, por eles terem que seguir-me por todo os lados. Um dia ainda retribuirei todo o bem que eles me fazem.
Em instantes fiquei pronta, com a ajuda da Guilhermina.
— Beto, poderia entregar as anotações que fizestes, para a Guilhermina? — perguntei fitando-o.
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BINABASA MO ANG
Entre o Amor e o Dever
RandomEntre colinas, vales, riachos, florestas e jardins. Ficava o reino Myrabel. O rei Felipo Gregório ll e a sua esposa, rainha Theodora, tinham um grande dever com o povo de Myrabel! Ter um herdeiro. Nos ombros dessa criança herdeira, repousaria as ex...