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Narradora

Eram exatamente sete e quinze de um sábado quando Sina foi acordada pelos gritos de seu pai no andar de baixo. A garota havia ido dormir tarde como sempre fazia desde as últimas semanas, tendo somente três horas de sono, e estava muito cansada. Ela se levantou da cama e foi em direção ao banheiro, lavou seu rosto, escovou seus dentes e se arrumou, já que seu pai havia dito que queria ver a mesma arrumada quando ele estivesse em casa.

Por mais que ela não o suportasse, o mínimo que ela poderia fazer para ele não se descontrolar novamente isso.

Desceu as escadas lentamente e ainda nos últimos degraus da escada, pode ter a visão de uma mulher morena e um garotinho conversando com seu pai. Terminou de descer as escadas um pouco mais rápido e foi de encontro ao pequeno garotinho que a recebeu com um grande e caloroso abraço.

- Que saudade que eu tava de você, Luke - apertou mais o garoto contra si.

- Eu também - sorriu a encarando.

Luke era seu irmão mais novo, filho do último casamento que seu pai teve. Sina se dava muito bem com a mulher e com seu filho, afinal, ela deu graças a Deus quando seu pai casou novamente.

- E eu não ganho um abraço? - Sandra, sua ex-madrasta, a encarou com um grande sorriso nos lábios.

A loira se levantou e deu um grande abraço na mais velha. Sina ainda não conseguia entender como Sandra conseguiu aguentar seu pai por tantos anos, foram tantas brigas, tantas discussões. Tempo perdido, ela pensava.

- Como anda a escola, querida? - Sandra perguntou assim que se soltaram do abraço e sentaram no sofá.

- Tá tudo bem. Nada fora do normal - deu de ombros - E como é Paris?

- É lindo demais - falou com um brilho no olhar - A torre Eiffel é maravilhosa, em todos os sentidos- se aproximou mais da mais nova - Se eu te contar o que aconteceu lá, você não vai acreditar.

Por um minuto, a loira ficou se perguntando o que poderia ter acontecido e logo entendeu o que a mais velha quis dizer.

- Meu Deus - arregalou os olhos de leves - Você transou na torre Eiffel? - sussurrou a última frase.

- Sim, mais não conte ao idiota ali - respondeu se referindo ao pai da garota que assente rindo - Mas agora me conte sobre você. Você não voltou com aquele idiota do Bailey, não é? eu nunca gostei daquele garoto.

- Nós voltamos - a loira torceu a boca e ganhou um olhar feio da mais velha.

- Como você conseguiu voltar com aquele estrume, Sina? Ele causou muito mal a você, você sabe disso - se lenvantou do sofá e a encarou - Quero um bom motivo pra você ter voltado com ele.

- Por mais que eu quisesse muito, eu não posso dizer - Sina respirou fundo.

- Querida, o que aconteceu? - se sentou ao lado da garota novamente - Você sabe que pode conversar comigo sempre, não sabe? - a loira assente - Então me diga.

Sina não sabia por onde começar. Ela não sabia se começava na parte em que ela e seu pai brigaram pela primeira vez ou se contava apenas por cima. A loira então, após respirar fundo, olhou em direção a cozinha onde seu progenitor estava a cinco minutos atrás se certificando de que ele ainda estava lá e contou tudo.

𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐆𝐑𝐀𝐌 |• 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭 𝐚𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora