Aceitação (part.1)

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Batidas se erram, os dentes de cerram, o corpo treme em medo. Os calcanhares brecam no piso de maneira bruta, agora que pesados correm até a sede da Liga dos vilões, onde a mulher decide que eu me encontre, que eu esteja a sua mercê. Shinsou, por insistir, veio junto de Dabi e eu, o mesmo não compreende o que está acontecendo direito, assim fica ao seu próprio critério e compreensões. O ar que se achega depressa com a correria, não é riscoso porém cortante entre a garganta seca. As pálpebras se fecham ao pensar no pior, ela não pode encostar em Shouta, ela não vai. Se o que Dabi pronunciou é verdade, você não pode me destruir outra vez, e eu garantirei que não seja uma ameaça.

– Que tipo de pessoa é sua mãe S/n?– perguntou o roxo.

– A real pergunta é como o Shigaraki caiu nessa merda, aquela mulher é uma víbora!– Dabi se movia rapidamente– Andem logo, eu já estaria lá se não fosse por vocês.

A verdade, é que nem eu mesma sei quando tudo isso começou. As coisas desandaram quando eu obtive aquela doença, não me lembro de muito, obviamente meu estado mental não era dos melhores desde aquele tempo. Sinceramente, ela não parecia ser uma mulher perversa, mas tudo é possível, e eu me encontro envolvida em um mistério. Algumas pessoas não sabem aproveitar as pequenas coisas que a vida lhe proporciona, mãe. Eu estou sentindo meu corpo ficar cada vez mais cansado, cada vez mais entregue a fadiga, a fadiga que quer derrubar as paredes de minha mente, e aos poucos sinto que há de conseguir com êxtase.

– É por aqui.– o das chamas azuis abriu uma pequena porta de galpão.

– Por que raios tinha que ser tão longe?– o outro se apoiava em seus próprios joelhos– Minha individualidade não envolve velocidade!

– S/n! Bem-vinda!

Ao cruzar a porta, a paralisia de meus nervos corporais se encontraram estáticos pela voz doce que ecoava cheia de malícia sedenta. O coração não aguentou, meu peito doía. Meu olhar sem vida se encontrou a vista da bela mulher trajada em vermelho vinho, e em seus olhos, a mesma tonalidade azul que me controlava há anos sentiu que poderia me dominar agora. Ao seu lado, Aizawa estava ao chão com sangue escorrendo por tua testa, e ainda que estivesse vivo, senti como se pudesse rasgar a garganta a qualquer instante, a raiva se alastrava por meu corpo como um veneno ao encontro das veias sanguíneas. Em pé, próximo a mim, Shigaraki estava ofegante, sua expressão real era encoberta pela mão centralizada no rosto.

– O que pensa que está fazendo?– eu caminhava rápido– Como você pôde?

– Sem mais um passo, ou eu termino o que comecei.– ameaçou enfiar uma estaca fina em terra no rosto de Shouta, sendo como vira, mantive-me em meu lugar– Sabe, ele resistiu bastante, disse que eu não encostaria na "filha" dele, por acaso sabe de quem ele estava falando?

– Sua desgraçada, vá direto ao ponto porra! Por que caralhos você continua viva? Você realmente foi capaz de... de matar a família que construiu?– meus punhos estavam a ponto de sangrar pela força estancada.

– Que irritante S/n, eu sabia que devia ter te matado quando era pequena, é de se arrepender.– se levantou frustada– Agarrem ela logo, e vamos acabar com isso pouco a pouco.

Sem demora, meus pulsos foram agarrados por meras pessoas as quais não poderia ver o rosto, coberto por manto preto estes estavam, os clones de Twice. Eu tentava me soltar, mas era inútil, quanta força. A frente, a mulher caminhava pela sala, enquanto meus olhos se encontravam nos de Shigaraki um pouco perplexo, o qual não fazia nada para me ajudar, sabe que não poderia. Dabi segurou Shinsou para que não viesse a mim, eu sinceramente não faço ideia do que esteja acontecendo, que merda. Aizawa tenta se levantar com um pouco da força que lhe resta, mas tuas vontades se esgotaram por completo vejo eu.

Look To Me - Imagine BnHAWhere stories live. Discover now