Resiliência (parte 2) ❣️

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- Desculpe ter demorado tanto! – sussurrou com os lábios presos aos dela, suas mãos prenderam-lhe o rosto.

- Estava começando a achar que tinha desistido. – Ele riu contra sua boca.

- E viver uma vida tranquila longe de você? – Sentiu o choque da mão dela contra seu braço, olhou em volta do cômodo escuro.– Acha que poderia me mostrar o seu quarto?

O som baixo da risada dela alcançou seus ouvidos, algo quente percorreu seu corpo.

Talvez fosse apenas o sangue começando a ferver.

Ela removeu as mãos dele do rosto cobrindo as com as dela e o guiou pela escuridão.

Ouviu um barulho alto quando o seu corpo se chocou contra alguma coisa.

- Shiiiiiuuuuu! - A escutou à frente – Vai acordar meu pai.

- Desculpe, - disse baixo. – Está escuro!

O guiou pelas escadas, passando pelo corredor estreito até a porta de seu quarto.

Preencheiu o espaço estudando o ambiente com curiosidade, tintas e telas se acomodavam em quase todas as partes, os olhos se prenderam ao cavalete a frente ouviu a porta fechar atrás dele.

- Ainda falta alguns detalhes. – Sentiu ela se aproximar. – Eu comecei hoje.

- Está perfeito! – A voz saiu baixa e calma.

Pelo canto dos olhos conseguiu ver um sorriso se formar em seu rosto.

- Está bom... - cruzou os braços - E então? O que achou do meu espaço?

Se virou para olhá-la. – Seu quarto é uma bagunça. – Tocou o ombro  alcançando  a alça direita de sua camisola.

- Isso é um problema? – Os dedos se prenderam ao fio o puxando lentamente.

- De jeito nenhum! – encurtou a distância entre eles.

- Que bom... porque eu gosto dele exatamente como está!

- O jeito como sua mente funciona é fascinante. – Pousou os lábios sobre a pele nua de seu ombro.

- Já a sua, me irrita.

- Isso é um problema? – Prendeu os dedos à alça que cobria o ombro esquerdo e a puxou.

- Talvez... – suspirou quando os lábios dele subiram pela pele de seu pescoço. – Em que ela está pensando agora? – Sentiu a boca dele deixar sua pele, ele ergueu o rosto, viu o desejo crepitar nos olhos verdes.

- Não é algo que eu possa diz... – As mãos desceram para a cintura já não tão fina quanto antes juntando os corpos, sentiu a protuberância de sua barriga contra ele. – Eu teria que te mostrar.

As mãos dela cobriram seu pescoço subindo pela sua nuca o puxando de encontro aos lábios entreabertos o fazendo sentir um gosto doce.

- Chocolate? – sussurrou.

- Todos que eu consegui comer graças a você. – Ela riu.

Lentamente voltou a tomar seus lábios, sentiam falta um do outro.

Dos beijos;

Dos corpos;

Das almas.


Ela procurou seus ombros, as mãos se prenderam a gola de sua camisa, puxando o nó de sua gravata.

Passou o tecido pela sua cabeça desalinhando os fios do cabelo, as mãos voltaram para o corpo começando a trabalhar nos botões.

- Porque suas camisas tem tantos botões? – o som rouco da voz se perdeu no silencio do quarto.

- Acho que é um padrão.

A camisa se abriu sob a inspeção atenta dos olhos dela, brilhantes e intensos, começou um caminho quente com os lábios sobre a pele de seu peito, as mãos deslizaram pelos ombros retirando completamente o tecido de linho.

Eda passeou as mãos pelo corpo fazendo a pele dele arrepiar, sentiu sua própria pele se arrepiar também, Serkan a envolveu com os braços caminhando devagar pelo espaço bagunçado do quarto dela.

Sentiu a madeira da cama atrás de si, ele puxou o tecido que cobria seu corpo para baixo até alcançar seus pés.

Perdeu o ar por alguns instantes quando os olhos dele passearam pelo corpo coberto agora unicamente pelo tecido suave da calcinha.

Ele removeu o cinto e desabotoou as calças, ela permaneceu imóvel a sua frente estudando as feições do rosto.

Deitou-se na cama, sentindo o colchão afundar com o peso do corpo, puxou-a pela mão a trazendo para seu lado, beijou-lhe o espaço entre os seios estendendo a carícia até alcançar a barriga.
Se demorou ali alguns segundos, ergueu os olhos para os dela, os dedos presos no tecido fino da única peça restante um sorriso quase casto se desenhou em seu rosto.
Ela deveria ser pecado, o que fazia dele pecador.
Sentiu as mãos dela em seus cabelos o puxando para ela, avançou sobre seu corpo.

Contendo o peso do próprio corpo procurou os olhos dela, havia desejo ali, mas também receio, ela segurou suas bochechas sem desviar os olhos dos seus.
- Você não vai me machucar... - sussurrou calmamente.
As bocas colidiram colando seus corpos.
Se possuíam.

Eda despertou com a sensação de algo roçando-lhe a pele, estava com a cabeça enterrada no peito dele.
Os dedos dele faziam círculos na pele de seu ombro, a outra mão estava espalmada sobre a barriga embaixo dos lençóis.
Ela mumurou algo incompreensível erguendo os olhos para olha-lo.
- Porque está acordado? - a voz se arrastou.

- Não consigo dormir, estava pensando.

- Você não teve quase cinco horas para pensar dentro do avião?

- Eu não vim de avião... - a boca se abriu em surpresa.

- Você dirigiu até aqui?
Concordou.

- Eu só entrei no carro...
Ela riu beijando seu pescoço.

- Serkan Bolat agiu de maneira impulsiva e dirigiu oito horas até Cleveland, Ohio?

-  Talvez eu tenha feito isso em sete! - piscou para ela, pressionando a mão em sua barriga. - Sabe o que eu percebi?
Balançou a cabeça.

- Eu toquei sua barriga pela primeira vez hoje.

- Acho que ela também percebeu isso...

- Espera, você já se convenceu de que é uma menina?
Ela revirou os olhos.

- Meu pai também acha que é uma menina.

- Você contou a ele?

- Hoje de manhã...

- Ele quer me matar? - Franziu os olhos.

- Não! Na verdade ele parece gostar de você o que estranho porque ele te viu tão pouco.

- O que eu posso dizer? Aconteceu o mesmo com você!

- Pretensioso!

As mão deslizaram para mais a baixo do abdômen dela, detendo-se na curva da barriga.
Ele abaixou o rosto alcançando seus ouvidos.
- Eu gosto de você! - sussurrou.
Ela abafou uma risada contra ele,
Sentiu um movimento leve em seu útero, puxou o ar.

"Traidora"

Acaso perene |✅| [Em revisão]Where stories live. Discover now