capítulo 1: canções no templo__parte 1

83 4 0
                                    

O clima era frio,pouca luz refletia no local,me encontro caída no gramado de um jardim fechado por paredes enormes,a sensação era de alguém me observando atravéz dos olhos nas estatuas que haviam no local,eu tremia enquanto os olhos encaravam aquele corpo petrificado,os longos cabelos ruivos se destacavam com a pouca luz que batia nos crisântemos amarelos saindo daquele cadáver de pedra,meu ar começava a acabar, ficando difícil de respirar,porém,a possibilidade de morrer me tomava de forma cativante,era assustadoramente lindo,foi quando ouvi gritarem meu nome e em segundos,retorno para minha vida rotineira e chata novamente.
As manhãs eram todas iguais. Lizah,minha mãe,era uma mulher ocupada e sempre tinha do que reclamar logo cedo, Hurty,meu irmão mais novo,era um garoto problemático, desligado e inocente e Thomas,meu pai,saia muito cedo para trabalhar, quase não o víamos em casa.
Todos os dias,a caminho da escola,passava por uma cerca de ferro arrebentada, eu nunca soube o que havia acontecido com ela,dizem que criaturas trevosas que vivem do outro lado da cerca tentaram atravessa-la,mas,se fosse verdade,por que ainda não a consertaram?
Após a escola, Clover, meu melhor amigo,me acompanhava até um gramado em frente ao Rio da cidade, passávamos o resto da tarde conversando e brincando,como se voltássemos a ser duas crianças,tolas e despreocupadas com os problemas que a vida nos trazia. Observavamos o céu juntos quando ele aponta para cima,com um sorriso radiante em seu rosto:

- Olhe! Uma estrela cadente! Faça um pedido, Ezina.
- Por que eu faria pedidos a uma rocha pegando fogo?
- Meus pais sempre disseram que se você faz um pedido para uma estrela cadente,seu sonho se torna realidade.
- Isso não passa de mito, sonhos não se tornam realidade dessa forma.
- Você pode não acreditar,mas,sei que eles se realizam.
- As coisas que você acredita são estranhas.

A noite já havia caído,estávamos passando por aquela mesma cerca,como todos os dias,a caminho de casa,mas dessa vez,algo me chamava a atenção,uma voz suave e melancólica ecoava da mata atrás daquela divisória de ferro arrebentada,a vontade de atravessar e descobrir quem era o dono daquela canção triste era muita,porém, tentei ignora-la e ir direto para casa.
Na hora de ir dormir,rolo de um lado para o outro em minha cama,mas,não consigo pegar no sono. A voz ecoava repetidamente em minha cabeça. Desistindo de tentar dormir,me levanto,arrumo uma bolsa velha com coisas q eu vá precisar e na ponta dos pés,saio pela porta dos fundos,em direção ao local onde ouvi a melodia.
Parada em frente a abertura,começo a pensar nos perigos que a floresta escondia,mas respiro fundo,e desobedecendo a placa de "não ultrapasse",passo a cerca,seguindo a voz melancólica floresta a dentro.

Ezina:

                          Ezina:

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.

Clover:

Clover:

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.
PrismaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora