1. O Começo de Tudo

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Mais uma vez deixando meu currículo na secretaria desportiva

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Mais uma vez deixando meu currículo na secretaria desportiva.

Que saudades de você, maninho. Você não deixaria que zombassem assim de mim como o treinador da equipe de basquete estava fazendo.

Sinto sua falta.

Meu irmão morreu há 3 anos num terrível acidente. Toda a situação me fez sentir culpada por essa desgraça e, desde então, o mundo não é mais o mesmo para mim.

Não vou ficar aqui contando a história de Gustavo, mas o principal motivo de eu querer tanto entrar para a assessoria de basquete é porque meu irmão foi um grande jogador desse esporte. O futuro dele era promissor.

Cheguei derrotada ao apartamento. Eu não era pobre, mas também aquele apartamento era muito caro para pagar sozinha só com minha mesada, então eu dividia com outros dois colegas.

Se eu ficava exausta na faculdade, imaginem em casa. Eu dividia apartamento com Mari e Hernán. Dois maconheiros que deixavam a casa imunda.

Encontrei caixas e caixas do Ifood espalhadas pela casa. Quando joguei tudo na lixeira e passei o aspirador na casa, notei que meu café tinha acabado. Eu precisava beber bastante café e estudar. O treinador Montanha (sim, esse era o sobrenome dele) repetia que se eu não melhorasse as notas nunca entraria para a equipe.

Esse cara já estudou cálculo? Começo a achar que ele usa isso como motivo para não me aceitar na equipe. Mas, o que ele tem contra mim?

Infeliz dos infernos.

Quando a porta do elevador se abriu, a minha vida mudou completamente. Aquela pessoa que eu vi marcaria a minha história.

Eu pensei que ia morrer.

O garoto mais lindo que eu já vi na vida estava ali parado, com as mãos no bolso e cara de poucos amigos.

Ele não era brasileiro. Devia ter 1,80 de altura, cabelo liso e escuro, olhos lindos. Rosto perfeitamente simétrico. Ele deu uma contraída no maxilar e eu achei que estava apaixonada naquele momento.

Só não desmaiei porque ele estava sustentando uma expressão bem séria.

Só não desmaiei porque ele estava sustentando uma expressão bem séria

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Até que ele abriu a boca suavemente para dizer:

- Com licença.

Foi aí que eu tive certeza que o amava. Que voz. Meu Deus, que voz.

Ele teve que apertar um botão para segurar a porta do elevador, pois eu estava tão fascinada que não lhe dei passagem e a porta ia se fechar.

Só então notei que tinha outra pessoa com ele, provavelmente não era brasileiro também, tinha traços coreanos. Mas era uma gracinha.

- Desculpe, pode nos dar licença? - pediu o segundo rapaz

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- Desculpe, pode nos dar licença? - pediu o segundo rapaz. E ofereceu um sorriso gentil.

- C-claro - respondi, deixando que passassem e entrando no elevador em seguida.

A porta se fechou, mas fiquei por minutos parada dentro do elevador, tentando entender onde eu estava. Esqueci ate o meu nome.

Acreditam em amor à primeira vista?

E em condenação à primeira vista?

Acho que estou mais para o segundo caso.

Meu Deus, aquele rapaz lindo desceu no mesmo andar que eu moro. Ele seria meu vizinho? Ou estaria visitando alguém? Ai, céus.

Fiquei tão nervosa que sai andando pela rua. Esqueci o que ia comprar. Peguei um papel higiênico no mercado e voltei ao apartamento. Quando fui me sentar para estudar, peguei minha xícara e me lembrei do que eu ia fazer.

Droga, o café!

O menino absurdamente lindo me deixou completamente lesada.

Eu fui estudar assim mesmo. Adormeci três minutos depois, no primeiro exercício de Física.

Acordei com o despertador às sete horas da manhã, fiz uma chapinha no cabelo para disfarçar que eu não o lavava há 3 dias, joguei uma roupa larga no corpo e fui para a faculdade. No caminho, limpei meus óculos com a barra da camiseta.

Primeira aula: Probabilidade e Estatística. Eu entrei na sala segurando um café extra forte sem nada de açúcar, que era para começar o dia com raiva. O vapor do café logo deixou meu óculos embaçado. Logo ia passar.

Sentei na minha mesa e coloquei meu casaco nas costas da cadeira. Quando olhei inadvertidamente para trás, quem eu encontro no fundo da sala?

Deus só pode existir.

O menino do elevador.

- Taehyung! - gritou um menino do time de basquete - Não se esqueça das seletivas do basquete hoje.

- Ok - Taehyung abriu um olho para responder e já fechou-o novamente para dormir. Ele estava na última fileira, com a cabeça encostada na parede, braços cruzados e boca aberta. Parecia aqueles trabalhadores às 4h da manhã dormindo no trânsito da Avenida Brasil.

Na sala ninguém deu muita bola para o aluno novo. A maioria eram homens e uma ou outra menina mais focada em tirar 10 do que em respirar.

Taehyung.

O nome do pai dos meus filhos. Estou me iludindo muito?

Ele nunca vai me notar.


Não de esqueçam de olhar o capítulo do  Booktrailer! Está sensacional!

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Fake Love | Taehyung | DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now