Cap. 4 - Encontros

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R: Bom, primeiro eu quero dizer que é um prazer conhecer vocês. – Disse, olhando para madrinha e afilhada. – Segundo, que Maria Júlia, agora eu vou na sala conversar um pouco com a sua mãe. – Rafa se agacha para ficar na visão dos olhos de Maria Júlia.

MJ: Mas, essa é a minha Dinda, não é minha mãe. – Rafaella olha para Bianca Venturotti, que sorri amarelo, para psicóloga.

R: Ok, então. Agora eu vou conversar um pouco com a sua Dinda, ali numa sala bem legal, que depois você vai conhecer. Está vendo aquela porta ali, é uma brinquedoteca, e aquela tia ali. – Aponta para secretária. - Vai ficar de olho em você... Qualquer coisa chama, só pedir pra ela te levar na sala. Tudo bem? – Perguntou estendendo a mão no ar, fazendo "hi, five" e Maria Júlia fez o mesmo, concordando.

Rafaella e Venturotti, seguiram pelo corredor da clínica, um pouco extenso, em silêncio até chegar à sala da psicóloga. Ela atendia em duas salas, uma totalmente decorada para atender crianças, enquanto, a que ela entrou com Bianca, era apropriada para atendimento de adolescentes e adultos. A sala tem uma poltrona próxima a uma mesa, um sofá, dois puffs e uma outra poltrona, tudo bem harmonioso, decorados com algumas plantas.

R: Bom, pode ficar à vontade e se sentar, onde achar melhor. – Rafaella pegou uma prancheta e se sentou na poltrona próxima a mesa, com um notebook. Enquanto Venturotti, se acomodou no sofá. – Vou me apresentar novamente. Eu sou a Rafaella Kalimann, a psicóloga que vai fazer o processo de avaliação psicodiagnóstica, com a Maria Júlia. - Falou serena para B2. - Eu quero esclarecer, talvez um erro da minha secretária que é nova. A outra entrou de licença maternidade essa semana, e a Priscila, está cobrindo. Acredito que quando a mãe da Maria fez o contato com a gente, ela não explicou direito que nesse primeiro momento eu faço uma entrevista inicial com os pais, antes de avaliar a criança.

B: Realmente, ela não explicou direito. Então, a gente achou que você ia já começar com ela. Aliás, não entendi essa questão da avaliação, não é terapia? – Ela perguntou confusa.

R: Vou te explicar. A escola da Maria mandou um encaminhamento para gente, onde anexamos a ficha dela. Então, nesse primeiro momento vamos fazer uma avaliação psicodiagnóstica. Aí, você vai me perguntar no que consiste essa avaliação - Rafaella gostava de deixar tudo muito bem claro como tudo iria funcionar. - Então, o psicodiagnóstico é composto de começo, meio e fim. No começo existe a entrevista inicial, que são com os pais e responsáveis do menor, que pode durar mais de uma sessão, o que vai acontecer com você nesse caso, já que a mãe não veio. – Rafaella olhou, bem nos olhos de Venturotti, com uma cara indecifrável. O suficiente para deixar a publicitária, irritada. Pois, se sentiu pressionada, pela fala da psicóloga. Dessa forma, resolveu se adiantar, interrompendo Rafaella.

B: Olha, a mãe dela tá numa reunião importante do trabalho dela. Não pôde vir hoje, mas ela virá. – Internamente pensou: "Nem que seja arrastada".

R: Pode ficar tranquila, Bianca. Como o seu nome também é Bianca, eu também confundi e achei que era a mãe. Você convive bastante com a Maria Júlia?

B: Sim, bastante. Eu praticamente moro com ela porque eu ajudo bastante a Bia com a Maju. – Falou, saindo um pouco da defensiva.

R: Ótimo. Assim, para não dar viagem perdida, vou terminar de explicar o processo para você e fazer algumas perguntas.

B: Tudo certo.

R: Como eu tava dizendo, a fase das entrevistas é a parte inicial, junto com a observação lúdica. Depois, a partir do material analisado, nessa primeira fase, entramos na fase dos testes psicológicos. Esse é o meio do processo, onde vamos usar os testes para confirmar ou não as hipóteses levantadas e outras informações que eles podem trazer. E por fim, temos as devolutivas sobre o que foi analisado em todo resto do processo.

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