Nem tão estranho assim

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Aviso: Fanfic abordará drogas, doenças mentais e pode ter gatilhos. História não vai ser romatizada.

Coreia do Sul, Seul - 14:00 

— Obrigado por ter me trazido, Taetae — sorri largo, entrando em casa com o mais novo. Ele retribuiu o sorriso, me dando um selinho rápido. Éramos melhores amigos, mas o ele confessou que gostava de mim há alguns meses, só que eu não queria ter um relacionamento sério, não me achava maduro o suficiente pra isso. Então decidimos nos relacionar sem compromisso, só para suprir a nossa carência. — Quer ficar um pouco? Papai só volta do trabalho tarde da noite. 

— Claro, quer que eu faça seu almoço? Deve estar com fome. 

— Te agradeceria muito, vou tomar um banho. — Fui para meu quarto para separar minha roupa, eu estudo psicólogia em uma universidade popular de Seul. Fazia apenas um mês e meio que havia me mudado com meu pai, ele é um homem trabalhador, acordava cedo e voltava para casa de madrugada, muitas vezes ele trocava os horários, indo trabalhar de dez horas da noite e voltando pra casa de manhã. Muitas vezes ele estava cansado, porém valia a pena.

O mesmo passou a ganhar muito dinheiro, até comprou essa casa que foi sessenta mil, nós tínhamos boas condições, papai fez questão de pagar minha faculdade e comprou tudo o que precisava para eu estudar, mas aí vocês se perguntam, onde está minha mãe? Bem, mamãe é uma mulher problemática que não se importava com nada, apenas queria estar em festas e namorar com homens desconhecidos.

Ela preferiu terminar o casamento com meu pai para estar com outro homem, que pelo que eu saiba o novo namorado dela se envolve com drogas. Nunca entendi bem a sua escolha, como ela pode trocar meu pai, um homem trabalhador para estar com um homem sem futuro? Estou decepcionado com ela, nem fiz questão de estar ao lado, papai sempre cuidou de mim, é meu herói. Quero que tenha orgulho de mim, quero ser trabalhador que nem ele. 

Depois que separei minha roupa, vou para o banheiro morrendo de calor, depois que tirei minha roupa e fui ligar o chuveiro a água tinha faltado. Bufei irritado, sempre acontecia falta d'agua. 

— TAE, A ÁGUA FALTOU. — Gritei, mas não recebi resposta dele, suspirei frustrado vestindo minha calça, indo lá pra fora. O mais alto estava cozinhando escutando música alta, revirei os olhos passando direto, indo para área externa da casa, ligar a caixa d'agua. Resmungando ligo a torneirinha que tinha no chão, esperando a água subir no cano. Enquanto isso olho para o jardim da vizinha, vendo que tinha um garoto de cabelos pretos longos, vestido com um pijama de dormir. Franzi o cenho estranhando ele estar com roupas de dormir a essa hora. Ela estava sentado na grama, olhando para uma flor branca que estava em suas mãos. Ele olhava muito, como se tivesse visto algo interessante, mas só era uma flor. 

Dês que me mudei pra cá, via esse garoto poucas vezes. Muitas vezes penso que ele só vinha de visita, mas todas as vezes que o vejo, sempre usava pijamas, nunca estava arrumado. Interessante que eu só o via pela tarde, no mesmo lugar. Então tirei a conclusão que o menino morava junto com uma mulher magra, que eu acho que seria sua mãe. Do contrário dele, via essa mulher todo santo dia, muitas vezes ela voltava para casa com sacolas do mercado ou da padaria, sempre sozinha, nunca com o menino. Eu ficava irado, um marmajo daquele não pode ajudá-la? Não o conhecia bem, mas não gostava dele por ser um folgado, não deveria julgar sem conhecer, porém é óbvio que ele é preguiçoso. 

Mas o menino é belo, tinha o típico padrão coreano, magro, branco como papel e rosto simétrico. Qualquer pessoa poderia se apaixonar por ele, confesso que ele é o homem mais bonito que vi. Não sei por quanto tempo eu fiquei olhado, apenas me assustei quando o mesmo rapaz me viu e arregalou os olhos surpreso. Eu fiquei constrangido, virei a cara entrando apressado em casa. 

Insanity (Terminada)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora