Capítulo 20.

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Shawn

  Quando a Camila disse que me amava eu não ponderei por um segundo que fosse realmente sério, suas palavras foram um golpe no meu coração que já está mais do que rendido por essa mulher, de quatro por ela é pouco, estou a seus pés... Mas nada disso apaga meu vacilo, fiquei tão cego de ódio que não enxerguei as coisas como elas são, me rendi ao ciúmes e estraguei tudo com, fiz o que eu disse que não iria fazer: magoa-la.

— Bom cara, acho que essas coisas são suficientes, trouxe suas roupas básicas, para facilitar na hora de vestir. — Connor trouxe algumas coisas minhas do meu apartamento, desde que a Camila impôs que eu vou ficar com ela nesse tempo de recuperação, não sou eu quem vou contra a palavra dela. — Eu coloquei suas malas ali, tudo certo? Se precisar de algo a mais é só me ligar — Ele senta ao meu lado e eu assinto.

— Valeu cara, valeu mesmo.

— Que cara essa Shawn? Sei que não são só os machucados. — Acho que nem mesmo um velho ranzinza, resmungaria tanto quanto eu ando resmungando nos últimos dias. — Você parece estar sofrendo com outro tipo de ferida.


— A única coisa que eu quero é ter ela de volta. — Camila conversava com alguém no telefone distraída e alheia aos nossos olhos. — Mas as coisas não são bem assim, quem mandou ser um otário não é?

— Jamais pensei que um dia eu fosse te ver assim por alguém. — Connor ri e fica sério de repente ainda olhando para a minha mulher. — Mas da para entender, olha o tamanho daquela bun—

— É melhor você não completar essa frase, seu limão azedo. — Uso a mão boa para dar um soco em seu braço, mas eu que acabo sentindo dor. — Ai porra!

— Hahaha, otário! Desculpa... — Ele pede diante do meu olhar. —Mas, se você está aqui, com ela, na casa dela, isso já quer dizer alguma coisa não é? Não foi ela quem pediu que você ficasse?

— Sim, ela disse que está fazendo isso porque me ama. Como ela pode me dizer isso mesmo depois de tudo o que eu fiz?

— Amar é isso Shawn... é passar por cima do orgulho e de qualquer outra coisa pelo outro. Mesmo que você tenha sido um tremendo vacilão, ela não iria largar você de mão assim, ela é especial cara não é aquelas putas que você comia a rodo sempre que você piscava. — Aquiesço todo amuado. — Faça com que Camila te perdoe, se ela realmente te ama ela vai fazer isso.

— Você acha? — engulo em seco temendo que talvez isso não aconteça nunca. — Acha que ela vai me perdoar?

— Tenho certeza cara. — Ele se levanta quando Camila entra no quarto e sorri para ela. — Bom, eu já vou, se precisar de algo, é só me ligar.

— Mas já? Fique para um café. — Camila surge entre nós e ela está sorrindo.

Para mim, não tem sorriso, não gostei disso.

— Ah, não, o bar estará sob a minha responsabilidade nos próximos dias, eu tenho que cuidar bem dele — Connor me olha e eu semicerro os olhos.

— Exatamente, se não... — Passo um dedo no meu pescoço imitando um corte e ele ri.

— Vou acompanha-lo até a porta. — Camila diz indo na frente, antes de sair Connor se vira me olhando e fazendo um gesto esquisito, até que eu noto que ele está se referindo ao tamanho da bunda de Camila, lanço uma almofada que não agarra nele e o idiota sai rindo.

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