Capítulo 1 - Minha vida

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  Lis
             
  Lion , uma belo país nos tempos modernos , que mesmo assim conseguiu preservar sua essência.

Casas antigas, sem muros, adaptadas em vilarejos, uma pequena parte dos tempos antigos na atualidade.

Infelizmente, nada evoluiu. Não só as estruturas das casas permanecem as mesmas , mas a forma de pensar também, mulheres não tem direito a ter boas ofertas de emprego,são vistas como ojetos, obrigadas a serem donas de casa e se querem trabalhar com algo diferente, são mal vistas e julgadas.

Aqui só não tem escravidão por serem leis mundiais, então  o país tem que obedecer, mas os negros, nossa, são mal vistos, maltratados e eu não sei como eles aguentam, se eu pudesse, daria adeus para sempre, os negros falam que não saem daqui por que, racismo, eles irão enfrentar fora também. Pelo menos aqui eles estão em casa. Um dia eu vou lutar para ajudá-los.

Eu sou parda de cabelo no ombro, todo enroladinho, minha mãe é branca e meu pai é pardo, mas ele não aceita isso, e se considera branco, eu acho uma bobagem, não gosto da presença de meu pai porém mamãe diz que eu tenho que respeitá-lo, então o faço.

Lion é uma Monarquia , ou seja, tem reis, rainhas, príncipes, princesas e blá blá blá. Eu não acho justo, tento falar, reclamo, e falo que o mundo já evoluiu,mas as pessoas sempre me mandam ficar quieta, me comportar como uma "moça" só porque eu não aguento mais morar aqui. Faço protestos, sento em frente a mercadinhos mas meu pai sempre me proíbe então acabo na mesma. No meu quarto olhando pro teto.

                                                                                                                                                                                                                                                                                               Todo mundo aqui parece que parou no tempo, mas eu não, minha mãe,                                 uma sonhadora, me mostra tudo o que não temos aqui, ela quer viajar o mundo todo, mas é julgada como maluca, mesmo ela sendo animada, ela tem um olhar triste, parece que tem algo que ela não me conta, mas todas ás vezes que eu pergunto ela fica tão mal que eu desisto.

Minha mãe é adotada, ela foi deixada na porta de um dos funcionários do palácio quando era só um bebê.

Minha mãe foi criada no palácio, mas se mudou de  lá e se casou com meu pai -não sei porque , minha mãe disse que viu um outro lado no meu pai, mas assim né, esse outro lado eu não conheço- eu nunca conheci o palácio e eu realmente não sinto vontade.

Sempre quis trabalhar com artes, dança, música, canto, expressão cultural, fotografia, por isso, sou completamente deslocada. Amo ler e ás vezes me sinto a Bela de “A Bela e a Fera”, se sentindo um monstro, eu sou assim.

Meus olhos são azuis como o oceano, não sei de quem eu puxei os olhos porque meu pai tem olhos negros e minha mãe também.

Ok, agora vocês ,me conhecem. Ahhhhhhhhhhh, SOU MUITO BAIXINHA TAMBÉM.

Agora vou encontrar Marco, hoje é o evento de abertura do Jardim Botânico e nós combinamos de nos encontrar com a Rafa lá. É isso.

Sociedade PerdidaWhere stories live. Discover now