"Joalin, uma adolescente insegura e emocionalmente fragilizada, passa a receber post-its em seu armário todas as manhãs, ela só não sabia que a autora de seus bilhetinhos era Sabina, a capitã das líderes de torcida..."
história original de: @TEARST...
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Quinta feira! A ideia de escrever post-its era de fato a minha favorita, eu passei a observar Joalin, o que de certa forma parecia algo doentio, mas a cada dia vejo que ela está se sentindo bem com os bilhetinhos... Eu realmente espero que ela não esteja achando aquilo estranho.
Sina não veio a escola hoje, era comum a alemã faltar de quintas feiras, caso isso não acontecesse seria estranho. Eu já estava acostumada, andei pela cafeteria com a bandeja em mãos, me sentando na mesa onde estava minhas outras amigas de torcida. Any e Hina discutiam sobre as batatas, Heyoon teclava algo em seu celular e Shivani ainda não tinha chegado a mesa.
Meu olhar vagou pelo refeitório, se prendendo no grupo de atletas e Joalin, que como sempre estava sendo alvo de piadinhas sem graça, a finlandesa não parecia se importar, mas eu sabia que ela se importava e isso me dava nos nervos. Puxei minha mochila e retirei meu pequeno bloquinho de autocolantes, procurando minha caneta no estojo bagunçado, recebendo olhares de todos na mesa.
-O que está fazendo?- Heyoon perguntou, encarando o bloquinho amarelado com uma expressão curiosa.
-Eu estou escrevendo alguns bilhetinhos para uma garota com problemas.- respondi vagamente, dando de ombros e recebendo alguns olhares estranhos. Acho a caneta e passo a escrever o que eu desejava, não me importando com os olhares curiosos.
-Isso é meio louco, não acha? Só espero que não se arrependa depois.- Any palpitou, recebendo um beliscão da Hina ao seu lado, resultando em alguns murmúrios de reclamação.
-Eu nunca vou me arrepender disso, vê-la sorrir me inspira.- dei de ombros, sorrindo de forma simples, tanto com o resultado do autocolante, tanto pela minha resposta.
Levantei da cadeira azulada do refeitório, arrumando a mochila em minhas costas e pegando meu suco de caixinha da bandeja, caminhando para fora do refeitório sem muitas explicações, eu tinha apenas um destino, o armário 312. Joguei o pequeno papel dentro da fresta, voltando a caminhar antes que alguém aparecesse.
