Nos braços do Macbeth [Completo]

Capítulo vinte e cinco

Nina

Não tenho mais lágrimas para derramar, pois, todas já caíram nesses últimos dias. Pensei que as palavras de James seriam oque mais doeria, porém, estava enganada, seu olhar gélido estava acabando comigo.
Ele não me olha mais e quando faz é para me humilhar ou insultar, nunca o vi tão frio assim antes. Não posso culpa-lo, eu o magoei imensamente e mereço seu desprezo.
— Aí! — fiquei tão distraída, que acabo derramando água quente na mão esquerda.
Termino de encher a banheira, Carlota me ajudou, indo contra a vontade de James. Ele disse que todos estavam proibidos de me ajudarem.
— Tome seu banho, querida.
— Obrigada.
Retiro o vestido, entro na banheira. A água quente é um grande alívio para meus músculos doloridos.
A porta do quarto se abre e lá está James, com seu olhar penetrante.
— Saia! — ordenou.
— James...
— Ande logo!
Sai da água, peguei a toalha para cobrir minha nudez. 
— Tire — apontou para a toalha.
Nesses dias, James nunca veio me procurar antes. 
— Vire-se.
Fiz oque me pediu.
Senti seu corpo atrás do meu, suas mãos foram subindo pela lateral do meu corpo. Comecei a me derreter em seus braços, quando beijos foram depositados no meu pescoço.
— James…
— Quieta!
Suas mãos estavam nos meus seios, apertando levemente, a sensação era boa. 
Tentei virar meu rosto, mais James não deixou. 
— Beije-me — pedi.
Ele não respondeu.
James me fez ficar encurvada na penteadeira. Foi depositando beijos pela minha coluna até chegar em meu traseiro. 
Senti ar faltar quando seus lábios foram para o meio das minhas pernas.
— Por favor, preciso de você! — implorei.
Ouvi James abrindo suas roupas.
— Faça! — pedi.
James tomou meu corpo, foi tão intenso. Depois do prazer minhas pernas pareciam bambas, mal consegui me manter em pé.
Puxei a cadeira perto da penteadeira e sentei.
— James... — chamei, vendo o se vestir.
— Oque? 
— Porque não me beijou? — murmurei.
Ele ficou me encarando.
— Meretrizes não são feitas para serem beijadas! 
Suas palavras machucaram mais que uma bofetada.
— Não se atrase para servir meu desjejum amanhã! — falou e saiu. 
Me senti humilhada por sua frieza. 

Acordo mais cedo possível, sirvo a mesa. Vejo James vindo pelo corredor.
— Pode sair, se eu precisar lhe chamo — me dispensou.
— Sim senhor.
Volto para a cozinha, sinto uma forte vertigem tento me sentei no banco mais acabo caindo no chão.
— Senhora, está bem? — Carlota perguntou, assim que entrou no local.
— Estou, só tive uma vertigem
— Está pálida, já se alimentou?
— Ainda não.
— Vá comer algo!
— Não tenho fome.
— Ficará doente se continuar assim. 
— Obrigada pela preocupação, mais estou bem — sorri sem humor.
— Senhora, não quero ser intrometida — Carlota estava sem jeito. — De tempo ao laird, daqui a pouco ele entenderá suas razões.
Era oque eu queria acreditar, entretanto, sei que nosso tempo acabou.