Capítulo Um - Quando o pesadelo começa

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A minha vida virou de cabeça para baixo há semanas, quando um pscicopata invadiu a minha casa. Tudo virou um inferno. Os detetives tiveram que restringir o local para analisar tudo. Fiquei morando durante uma semana na casa de minha tia.

Quando eles finalmente acabaram de inspecionar, alegaram que não havia nada de incomum dentro da casa. Ninguém no porão, nenhum tipo de arrombamento nas portas e janelas, nada de pegadas, ou pertences que pareceriam suspeitos.

Não havia nada em casa, então nós voltamos a morar aqui. E isso está sendo o meu pesadelo. Estou dormindo no quarto dos meus pais todas as noites. Minha mãe quase não dorme. Meu pai comprou uma espingarda. E eu encaro a janela todas as noites até amanhecer.

Todas as vezes que lembro do acontecido, meu corpo se enche de calafrios e as lágrimas desatam a rolar.

Eu estava no meu quarto, dormindo normalmente. Os meus pais estavam dormindo no quarto ao lado, como de costume. Nada parecia estranho. Até que algo me acordou. Assim que abri os olhos naquela noite, havia um homem mascarado bem na minha frente.

Antes que eu pudesse gritar por socorro, ou antes mesmo que eu pudesse ter alguma reação, ele tapou a minha boca com uma fita resistente. Rapidamente, montou em cima de mim e amarrou as minhas mãos com uma corda. Eu relutei. Mas ele foi mais rápido que eu ao amarrar também os meus pés. Eu estava totalmente indefesa, incapaz de fazer qualquer coisa. Totalmente impotente.
E foi aí que ele fez o que eu mais temia. Subiu a minha camisola e desceu a minha calcinha. Brutalmente, montou novamente em cima de mim e começou a...

Ele me estuprou.

Eu me perguntava o porquê de meus pais não aparecerem já que eles estavam no quarto ao lado. Eu me perguntava como o homem tinha parado ali no meu quarto. E me perguntava como eu tinha percebido a presença dele antes.

O ato durou cerca de dez minutos, e foram os mais aterrorizantes e agonizantes de toda a minha vida, até que eu apaguei. Eu desmaiei ali mesmo, com o cara em cima de mim. Eu não tinha mais forças para lutar, não tinha mais forças para sentir aquilo. Doía tanto.

No outro dia, meus pais me encontraram naquele estado, toda amarrada. Destruída, porém ainda vestida. Depois que eles me amarraram, eu contei tudo à eles, em prantos.
Fui dar o meu depoimento, fizeram meu Corpo de Delito. Contratamos uma detetive particular.

Não tenho nem ideia de quantas vezes eu tive que repetir a mesma história durante essas última semanas de idas e vindas da delegacia. Eles sempre me faziam tantas perguntas, e eu descrevia tudo em detalhes:

- O que ele vestia? - me perguntavam.

- Ele usava roupas pretas, luvas de couro, sapatos, e o capuz cobria o rosto e cabelos por completo. A única coisa à mostra eram seus olhos.

- Pode me dizer qual era a cor dos olhos dele?

- Eu não sei - eu dizia, me culpando - estava muito escuro, eu não conseguia enxergar direito. Me desculpem - e chorava.

Eu ficava exausta todas as vezes que me faziam lembrar daquela noite. Eu só queria que a minha vida voltasse a como era antes.
Quando tudo era normal.

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⚠️ Aviso ⚠️

Caso queiram ver as Notas da Autora (alguns avisos e curiosidades sobre a história e a classificação indicativa) antes de começar a ler a fic, passem os capítulos até a parte 10, e depois volte aqui. Ocorreu um erro na hora de postar os capítulos e tive que postar as notas depois de alguns capítulos. Não há necessidade de ir ler, mas seria legal para vocês saberem um pouco mais antes de engatar na leitura.

Bom divertimento! ツ
  
   

"Who?" - Short Fic Beauany (+13)Where stories live. Discover now