take a flower and shoot me [minsung]

h

eu o segui.

eu sabia que ele estaria com eric.

não me importava mais, apenas precisava saber quem era eric e qual a relação que minho tem com ele. eu apenas queria saber! não é algo tão ruim espiar um pouco, correto?

somente não contava que meus sentimentos me enganariam novamente.

segui o mesmo percurso que havia feito para poder roubar a flor naquele dia, e me escondi por um certo tempo. mas após cinco minutos sentado no chão, imaginando o que eu já havia visto naquele lugar, acabou quebrando a barreira que eu havia criado na minha cabeça antes de chegar aqui.

eu jurei deixar essa história para trás e, que se eu quisesse realmente saber sobre eric, não há outra forma de investigar se não passar pelas flores.

e meu coração explodiu. como eu nunca havia imaginado, ele estourou. acelerou. acelerou. consigo escutá-lo como se tivesse sido arrancado do meu peito e estivesse pendurado a dois centímetros dos meus tímpanos. a respiração ofegante veio à tona apenas dois segundos depois.

eu o odiava tanto. eu odiava a mim mesmo por deixar que aquela cena continuasse passando repetidas vezes na minha cabeça, e era como se ele estivesse agora na minha frente. com a arma em suas mãos, sendo segurada com tamanha delicadeza. e seus olhos sem brilhos, seu rosto eufórico, seu cabelo bagunçado. tudo se harmonizava com sua voz repetindo pausadamente, implorando.

me mate. me mate. me mate. fique com o meu jardim. me mate. isso, me mate. você não quer me ajudar? me dê a porra de um tiro, retire a minha vida e seja culpado por isso. por favor. eu te imploro. eu te suplico.

se repetia por diversas vezes enquanto meu cérebro deixava o pânico tomar conta do meu corpo, que a fragilidade tomasse conta de tudo, e que o medo falasse mais alto que a súplica voz de minho.

a única coisa que consegui sentir de diferente após quinze minutos sentado naquele mesmo lugar, sem mover se quer algum músculo, fora a lágrima escorregando em meu rosto. chegando em meus lábios. deixando o gosto salgado dela em minha boca. tornando a vista turva, e o desespero maior do que antes.

eu não conseguia entender o motivo disso me afetar tanto, enquanto minho provavelmente está feliz com eric dentro daquela casa.

e lembrar novamente dele fez com que o apagão chegasse.

minha mente apagou.

eu apaguei.

o mundo apagou.

meu corpo cansou de tamanho sofrimento e somente se permitiu a continuar ali no chão, fazendo com que minha cabeça batesse em algo duro. e o céu foi a única coisa que me restou por um belo tempo.

não um céu azul e sim um céu turvo, levemente acizentado.

com isso, meu coração foi se acalmando. ou talvez parando. não consigo decifrar. porém, a respiração foi deixando de ser ofegante só que novamente: eu não sabia se isso era bom. eu não sabia decifrar se eu estava me acalmando ou falecendo aos poucos.

e então, ele apareceu naquele céu. turvo, mas claramente estava ali.

eric não era como eu esperava que fosse. e foi diante da sua imagem que meu corpo desistiu de mim por um tempo.

eric me encontrou desmaiando. deitado em cima do jardim de girassóis de minho.

apenas uma coisa eu tinha certeza sobre ele: aquele garoto poderia acabar com tudo isso.

não sei gente
escrevi
postei
erros de português como sempre
e é isto
não sei se isso é uma volta
mas espero que gostem