Capítulo 5

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| Antes |

— Henry... — Sussurro, ouvindo sua respiração entre cortada. Ele vai fundo em mim e eu arqueio a costa suavemente.

Ele beija meu rosto, meu pescoço, meus seios, seus dedos me apertando, massageando e beliscando. São tantas sensações que por um momento fazer amor com Henry é arrebatador.

Seu cheiro está em todo lugar, o calor dos seus músculos, sua barba baixa roçando na minha pele.

Em momentos como esse, que Henry é tão doce, tão gentil enquanto me fode, eu não consigo controlar meu coração. Não consigo evitar imaginar que talvez - só talvez -, ele também sentisse algo por mim. E não precisa ser o mesmo amor que eu sinto por ele, mesmo que fosse um sentimento de carinho e atração, mas que de alguma maneira ele me visse como algo mais que amiga, já seria o suficiente. Que ele olhasse para mim pensando que talvez um dia eu pudesse ser a mulher da sua vida.

Ele se ergue suavemente, e massageia meu clitóris com o polegar, enviando um jato de prazer por todo o meu corpo, enquanto seu quadril segue um ritmo firme e lento.

As três palavras ficam na ponta da língua. E talvez eu deva dizer de uma vez, deixar meu coração falar só dessa vez. Com lágrimas nos olhos, eu tomo coragem.

— Henry? — Eu chamo, segurando sua mandíbula com firmeza, arfando com a sensação.

— Hum? — Ele responde, olhando em meus olhos sem parar de ir fundo e voltar. Eu abro a boca para dizer, mas a coragem se esvai quando encontro seus olhos.

Ele faz pressão em meu clitóris e eu gozo com força, o puxando para meu peito, o abraçando para que ele não veja as minhas lágrimas indo de encontro ao travesseiro.

Sinto a mão de Henry erguendo a parte baixa da minha costa, e ele mantém o ritmo, me fodendo suavemente, sua respiração irregular no meu pescoço.

Ele repete meu nome em sussurros quando goza, e eu balbucio que o amo, sem emitir som nenhum.

"Eu te amo, eu te amo, eu te amo", eu digo contra seus cabelos, beijando sua testa, suas pálpebras, sua orelha.

Henry deita a cabeça no meu peito, e me deixa acariciar seus cabelos por alguns minutos, enquanto nos recuperamos. Ele desliza a mão na minha coxa preguiçosamente, sua bochecha contra meu seio, ouvindo meu coração. Torço para que ele decida dormir comigo hoje, o que é uma ocorrência rara. Mas eu sempre durmo melhor ao lado dele.

"E se tentássemos ser algo mais?", meu cérebro questiona. Às vezes penso em arriscar, em dizer o que sinto. Mas a perspectiva de perder Henry para sempre é mais assustadora do que tê-lo pela metade.

— Esquecemos o preservativo de novo. — Ele sussurra, sonolento.

— Eu sei, vou tomar o remédio amanhã. — Fecho os olhos.

Então Henry se remexe e levanta. Aproveito para secar o rastro das lágrimas sem que ele veja, quando ele junta suas roupas do chão e começa a se vestir. Puxo o lençol e me cubro, encarando enquanto ele se veste.

— Meu pai quer saber se você vai querer ir para casa comigo no natal desse ano. — Ele diz casualmente, depois de pescar o celular no bolso da calça.

— Não sei ainda. — Dou ombros, me encolhendo contra o travesseiro. Não é como se eu tivesse alguma família de qualquer maneira.

— O meu velho ama sua companhia. Promete que vai pensar com carinho? — Ele se aproxima e segura meu rosto, me fazendo olhar diretamente para seus olhos pedintes os quais eu nunca sou capaz de negar nada.

Piece of Us ✓Where stories live. Discover now