CAPÍTULO TREZE

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– Vejo que viu o passarinho vermelho em! – Raphael almoçava em minha casa naquele momento. O atendi com o humor maravilhoso. Cheguei até beijar a dona Ana, minha cozinheira. – E ai, como ela reagiu ao saber que pega o cara mais rico da cidade?

 – Você é um puta estraga prazeres Castilho! – fechei a cara para o mesmo. – Não irei deixar Melinda ir, alias, não estamos namorando...

– O que? Porra, se não estão namorando, o que estão fazendo então? – ele quase cuspiu o que havia colocado na boca. – E você tá me dizendo que ela não sabe sobre você, que comando a porra das bocas por aqui?

Raphael, além dos meus homens sabiam da existência dela. E tenho certeza de que eles não se atreveriam em contar para ela minha verdadeira natureza.

– Porra Hector, você é louco? – ele limpou a boca, estava realmente irritado. – Pegar umas e outras aqui e ali, ok. Não tem necessidade de você dizer quem é de verdade. Agora namorar? E não venha me dizer ao contrario. Eu já até a considero só por sempre chegar aqui e a ver. Eu jurava que... Que ao menos tivesse consciência de contar a verdade pra ela. Ou de assumir ela.

Revirei os olhos para o drama desnecessário dele.

– Pretendo fazer isso, mas por agora, me deixe apenas aproveitar. – sorrir ao me lembrar das ultimas semanas em que estive com ela. Foi algo que nunca fiz, nem mesmo com Verônica. Apesar de nossa relação ser só prazer nunca cheguei nem perto do que estou tendo com Melinda.

 Com ela era tudo diferente, ainda não fizemos sexo, a mesma não era virgem, mas disse que queria esperar, quer se sentir preparada. Eu respeito isso , só que tinha algo a mais nessa historia. Todas as vezes que eu a tocava, ela gostava, mas então do nada pedia para parar ou ia para o banheiro vomitar. Estou tomando coragem para perguntar a ela o que realmente está acontecendo, mas por enquanto, deixei esse assunto para outra hora.

– Cara, pelo amor de Deus, sabe que mentir é pior. – Raphael me encarava sem acreditar. – Conte a porra da verdade para ela. Será mais fácil, e assim quem sabe ela possa te perdoar.

Raphael passou pelo mesmo processo, e hoje está sem ela.

Ela o perdoou, mas Olivia está longe agora, casada e feliz.

– Ta falando apenas do perdão, a hipótese de ter só o perdão? – indaguei irritado. – Não quero só isso Raphael. Quero tudo de Melinda, o amor, os carinhos, atenção. Não posso ficar sem ela.

Ele se levantou.

– Depois você não diga que te avisei! – assim que me levantei uma morena de vestido rodado verde florido e cabelos soltos, passou pela porta da sala de jantar tomando nossa atenção. Raphael era um babaca quando estava perto de Melinda, e fazia piadinhas jogando charme para ela, só para me irritar. – Uau, se você não fosse desse cara idiota, eu te pegava pra mim.

– Ah tadinho! – ela riu me abraçando. Eu nunca me cansaria dos seus abraços. – Como vai Raphael?

– Estaria melhor se tivesse uma copia sua para mim! – ele piscou para ela e logo me encarou. Vendo minha irritação riu da minha cara. – Bom, eu estou de saída, seu bunda mole é egoísta demais para te dividir comigo.

Mandou beijos no ar e se retirou.

– Está linda! – selei nossos lábios em um beijo demorado. – Preparada para hoje à noite?

– Claro! – sentei a mesma em meu colo. – E você?

– Sempre, tenho certeza que meu avô vai te adorar. – falei, enquanto mexia em seu cabelo, ela fechava os olhos aproveitando o carinho. – Ele está a três semanas me enchendo de perguntas sobre a moça da loja, Raphael é muito língua grande.

– Mas ele te ama. – ela me encarou. – Por isso é seu primo. Pelo menos tem alguém para te perturbar.

– Ah, não fala assim! – abracei a mesma. – Você agora me tem. Tem a Jenny, o idiota do Luiz e Raphael.

– Meu Deus! Já têm quase um mês e ainda tem ciúmes dele? – ela riu incrédula.

– Claro Cigana! – suspirei. – Não sabe como fiquei quando você me contou que ele a beijou. Tive vontade de...

– Ok amor. Eu já entendi! – ela me beijou e voltou a me olhar, me deixando perdido nos seus intensos âmbar. – Verde oliva...  

– O que?. – descansei minha testa na sua. Sentindo seu cheiro de rosas. Acho que nunca irei enjoar do cheiro dessa mulher.

– Seus olhos – ela fechou os olhos enquanto estávamos ali, em uma conexão sem fim, aproveitando cada segundo de paz e tranquilidade. E só ela me fazia esquecer o mundo, todos os momentos assim me tirava da realidade. – Não consigo resistir a admirar.

Toco seus lábios macios levemente, iniciando um beijo calmo e lento, tendo todas as sensações possíveis, dos arrepios a pensamentos impuros.

















Deixe sua estrelinha, please!✨

DA COR DE MARTEWhere stories live. Discover now