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Terceiro livro da série Os mafiosos
História de Daniel e Jasmine
Quando Jasmine Ventura é obrigada a casar com um parceiro de negócios do seu pai, ela decide que precisa fugir de casa. Porém, um acidente atr...
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JASMINE
Senti muita dor de cabeça, muita dor no corpo e depois do analgésico acabei dormindo.
Agora estou vestindo as roupas que Daniel me entregou e tentando limpar meu braço. As feridas ainda não fecharam, era a minha mãe que fazia os curativos.
— Eu faço os curativos, estou com tudo pronto!
Como se Daniel lesse meus pensamentos, escuto seu grito do lado de fora do quarto.
— Lê mentes?
— Não, mas imaginei que não fosse pedir ajuda. Farei com cuidado, não se preocupe.
Sorrio e coloco a blusa com a alça fina. Abro a porta do quarto e encontro Daniel com uma caixinha de primeiros socorros, só que minha atenção logo se vai quando olho para seus braços.
Eu só vi Daniel de Jaqueta, camisa social e calças, agora que ele está de camiseta e bermuda, vejo suas tatuagens.
— Não imaginava que tenho tatuagens? — olho para Daniel, que está sorrindo diante da minha inspeção.
— Não imaginei.
— Cobrir cicatrizes, não são tantas tatuagens.
— Cicatrizes dos negócios?
— Não, do passado mesmo, quando eu era um garoto com uma vida merda.
— Sinto muito.
— Os principais causadores já estão mortos, de qualquer maneira. — mostra a caixa novamente. — Podemos?
— Cuidado, ok? Mas na hora de colocar o troço ardido você coloca de uma vez, para não doer tanto assim.
— Uma boa conversa...
— Ah, Daniel! — fecho os olhos.
— Não falarei mais nada. Deita na cama...
— Sentarei na cama.
— Tudo bem então.
Sento na ponta da cama e tento não gritar quando ele limpa meus ferimentos.
— Não vejo a hora disso melhorar, ainda bem que não quebrei qualquer osso.
— Acho que daqui a três dias tudo estará fechado, sem precisar de qualquer limpeza nessas feridas. E os pontos daqui a pouco estarão saindo.
— Um bom enfermeiro. — ele avisa que terminou o trabalho. — Já precisou cuidar de muitos feridos?
— Gabriel, Karen, Kat e Cassie, especialistas em ter ferimentos. Corriam de um lado para o outro, pulavam muros, faziam de tudo. Para os pais não brigarem, vinham correndo pedir ajuda pra mim. O que não adiantava de nada, porque os pais desconfiavam das roupas cobrindo tudo.