Você está bem?

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— Nada, só saudades mesmo.

— Não parece nada, o Charles tá bem?

— Sim, estamos bem meu amor.

— Alice, eu posso por agora fingir que estou acreditando porque estou com muito sono e cansado, mas mais tarde vamos conversar tá bem?

— Não tem o que falar está tudo bem, vem amor vamos deitar. — Pego na sua mão o guiando para cama.

Deitamos do lado do Charles na cama, sentir ele me prender em seus braços fortes, me aconchegou me deixando segura e protegida, nunca imaginei o quanto era difícil ficar sem ele, e como o Hall poderia me machucar. Escutei o ronco do FP, ele estava mesmo muito cansado, mas eu não conseguia dormir, comecei a pensar se contaria ou não ao FP, pensei o quanto ele poderia bater e quase matar o Hall, não queria ter um filho que teriam pai presidiário. Mas se o Hall voltasse como tinha prometido e me machucasse de verdade? Meu coração estava a mil, meu medo era tanto que sentir um enjoo tremendo. Tirei devagar o braço do FP que me envolvia e corri para o banheiro. Mais uma vez FP tinha razão eu iria passar mal. FP abriu levemente os olhos e virou voltando a dormir, então fechei a porta do banheiro e de novo,
vomitando tudo que comi. Decidir que não ia conseguir mesmo dormir e resolvi somente descer e preparar um chá. Chá de camomila, talvez esse chá me derrubasse, eu não conseguia conter o cansaço imenso com sono, mas também não conseguia controlar meus pensamentos misturado com medo, a aflição de imaginar o Hall tentando me tocar novamente, eu tinha tanta raiva dele que deveria deixar o FP dá um jeito nele, mas eu não podia fazer isso com meu amor, mas eu quanto a mim? E esse medo? Consigo lidar, é consigo e se ele machucar o Charles...Meu pensamento não conhecia limite, ah como aquilo estava me deixando louca. Sentei no sofá, tomando mais um gole do chá, sem esperar me assusto com o barulho da chuva batendo na janela de vidro e dei um grito involuntário que me fez levar minha mão ao peito pelo grande susto, no mesmo instante ouvir as escadas, ou melhor, alguém descendo-a.

— Alice? Você tá bem meu amor?

— T-tô, desculpa, e-eu...

— Você tá sentindo alguma coisa?

— Nã-não...

— Você gritou amor.

— Desculpa, foi a janela, sabe a chuva.

— Por que saiu da cama, são quatro e meia da manhã ainda.

— Eu sei, e-eu estou...

— Está com raiva, ainda? Qual é amor, vem vamos para o quarto, nossa caminha quentinha, vem... — Ele me pede me enchendo de beijos no pescoço, bochecha e boca, não consigo resistir a ele.

— Você vai me tirar do castigo? — Pergunto manhosa.

— Humm...estou querendo...mas o Charles está lá querida.

— Temos o quarto dele...

— Com aquele lençol de dinossauros? Nem pensar, não consigo. — Ri alto.

— Não bobo, podemos colocar ele lá, no quarto dele.

— Acho que estamos cansados, vamos dormir em família e depois vemos isso, o que acha? Eu realmente estou com muito sono Ali, só quero dormir sentindo seu cheiro e seu calor, posso?

— Você tá certo, eu não estou muito bem também, vamos sim.

— O que você tem?

— Só enjoo.

— Não deveria ter comido aquilo tudo amor.

— É eu descobrir da pior forma.

— Eu sei, vem, vou levar você. — Ele me pegou no colo, beijou a minha boca e subimos.

Falice - De volta ao destinoWhere stories live. Discover now