Capítulo 1 - Quando os sentimentos parecem difíceis de lidar.

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O natal estava quase chegando novamente

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O natal estava quase chegando novamente. E talvez as coisas não tenham saído como Kihyun pensou. O ano estava perto de acabar e não havia conquistado o amor de seu amado para si.

Uma onda de decepção e a mais pura tristeza tomou conta do garoto por algum tempo, mas convenceu-se de que teria de aproveitar o limitado tempo que ainda lhe restava ao lado de HyunWoo. Por mais que tivesse certeza de que o outro não o amava, Kihyun continuaria o amando pelo resto de sua vida.

Em Cristalha sempre foi dito que o humano deveria confessar seus sentimentos, mas mesmo assim o Yoo tentou confessar os seus diversas vezes. Mas algo sempre acabava dando errado, e uma vez chegou a levar um fora indiretamente. Quando os dois sentaram para conversar e Kihyun tomou coragem para dizer como sentia-se perto do mais velho, mas da parte do outro recebeu apenas um aceno, e depois viu HyunWoo inventar qualquer desculpa aleatória para sair correndo da casa do Yoo. E a única explicação que achou para ter sido recusado, foi HyunWoo ter aparecido namorando Lee Minhyuk, que mudou-se para Seoul para fazer o primeiro ano da faculdade.

Kihyun achava que tudo tinha esfriado para o humano, desde que havia ido morar pertinho do outro, e estudar consigo. Talvez tivesse percebido o quão intediante e sem graça Kihyun era, e por isso perdeu seu interesse rapidamente, ou apenas queria uma aventura para distrair-se as vezes, como o garoto que aparecia do nada e tinha de ir embora da mesma forma.

Mas não possuía raiva alguma de HyunWoo, ele era perfeito, atencioso, educado, e apesar de tudo sempre o tratou bem, cuidou de si como se fosse um bebê, e fez o possível para que estivesse feliz. Não poderia culpá-lo por não o amar.

A questão é que no fundo, no fundo, o Yoo ainda continha alguma pequena esperança, principalmente depois que HyunWoo terminou seu namoro com pouco mais de 2 meses, voltou a ter toda a atenção do mais velho completamente para si, e aproximaram-se ainda mais. Porém, já não possuía a coragem de declarar-se da mesma forma novamente.

— Kihyun! O HyunWoo está te esperando, por que demora tanto para escovar os dentes? — O garoto teve de sair de seus devaneios matinais, ao ouvir a voz da senhorinha fada com quem estava morando no mundo humano, o chamando pela terceira vez naquela manhã gelada.

— Já vou! — Apressou-se em terminar seus afazeres pessoais, pegou a mochila e saiu do quarto correndo escada abaixo, dando de cara com seu melhor amigo o esperando para ir a escola juntos, como faziam todos os dias.

— Kihyun meu amor, leva mais um casaco e esse chocolate quente, está bem frio! E se cuidem crianças. — Kihyun recebeu um casaco extra, e uma pequena garrafa da mulher — a qual já considerava como sua avó — dando um beijo em sua bochecha antes de sair da casa junto de HyunWoo.

Havia virado uma rotina, e Kihyun não tinha o que reclamar, era sempre mais confortável ir para a escola na companhia do mais velho, este que vivia fazendo algumas piadas sem graça durante o caminho apenas para ver o seu sorriso, e não desgrudava do garoto por nenhum instante, tornando tudo mais difícil de lidar para Kihyun, que desejava poder encarar tudo como uma amizade e conseguir despedir-se mais fácil quando o momento de ir embora chegasse.

— Você está especialmente calado hoje. — Comentou HyunWoo, sem parar de andar mas encarando o rosto agora voltado para si.

— Só estava pensando. Nada demais. — Coisas demais.

— O que eu preciso fazer para ver seu sorriso lindo agora? — O Son parou em frente ao mais novo, inclinando seu corpo para frente com um sorriso enorme, e antes que Kihyun pudesse negar, continou a falar. — Um bolinho recheado com morango é suficiente? Se for barganhar, pedimos um de limão também. Não é por nada, mas ainda dá pra gente passar naquela cafeteria pertinho da escola.

O garoto limitou-se a rir e assentir, sabendo que mesmo se negasse HyunWoo ainda iria alegar que não estava comendo direito, e "precisava manter as preciosas bochechas".

Com poucos minutos de caminhada, os dois entraram em uma pequena cafeteria normalmente bastante frequentada pelos estudantes daquela escola, Kihyun esperou o mais velho fazer os pedidos usando seu ombro como local de descanso para sua cabeça, voltando a postura normal somente quando a mulher voltou com seus pedidos e resolveu perguntar.

— Aqui está. — HyunWoo pagou, e enquanto pegava o troco a moça perguntou. —  Vocês são namorados? Desculpa a intromissão, é que são fofos demais juntos.

— Ah', não somos. — Kihyun corou ao responder, principalmente por não ser a primeira vez que recebiam a mesma pergunta.

— Oh' sim, então obrigada por comprarem sempre aqui.

— De nada, até mais! — O Yoo respondeu, tentando ignorar o fato de que HyunWoo parecia muito calado depois daquele comentário.

Kihyun mordeu seu bolinho tentando ignorar o clima estranho que sempre formava-se em momentos como aquele, gostaria de ter algum tipo de poder só para saber o que seu amado pensava, porque o silêncio deste sempre o machucaria, mas teve de lidar com isso até que passassem pelo portão da escola e o mais velho voltasse a falar mudando o assunto para as últimas provas que fariam no ano.

Kihyun aproveitou um momento de distração de HyunWoo para que pudesse ir ao seu lugar especial. No caso, o jardim abandonado num pátio mais afastado na escola.

Era naquele lugar que Kihyun voltava a si, deixando seus poderes fluírem por suas veias e exalando um odor aliciante que tomava conta de todo o local, fazendo as folhas secas e as árvores mortas voltarem ao seu melhor estado; verdes e encantadoras.

Seu segundo porto seguro –já que o primeiro era HyunWoo– só que este poderia saber sobre seus pequenos segredos e de alguma forma era um outro conforto, esconder suas asas apesar de ser fácil cansava bastante normalmente, e deixar elas aparecerem por algum tempo fazia seu corpo relaxar e sua mente clareava-se para que conseguisse pensar normalmente.

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⏰ Last updated: Jan 08, 2021 ⏰

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By Flapping The Wings「SHOWKI」Where stories live. Discover now