019

3K 292 224
                                    

POV'S NARRADORA

Enquanto ouvia música, sentado no banco do metrô, Diaz ficava repassando os acontecimentos daquela manhã.

Pra ser exato, ficava repassando apenas os momentos em que Thomas e a Katie — descobrira o nome dela — ficaram conversando, que não foram poucos.

Talvez, e só talvez, estivesse com ciúmes do ficante, mas nunca admitiria isso, não tinham nada e se sentia idiota por sentir algo.

Ficou vendo pela janela do metrô, mesmo que a "paisagem" não fosse das mais bonitas, até sentir alguém tocando em seu ombro.

Se virou vendo um garoto de cabelo roxo claro o olhando.

O garoto estava com jeans, uma camiseta e jaqueta de couro, e ele sorria meio envergonhado.

Marco tirou os fones de ouvido.

— Oi?

—Eu posso me sentar? —O garoto apontou para a mochila do Diaz que estava no lugar ao lado.

— Ah, foi mal. —Tirou a mochila e colocou ela em seu colo.

O garoto praticamente se jogou no assento, se ajeitou e virou com um sorriso de tirar o fôlego.

— Eu sou o Jushtin, você é o Marco não é? Estudamos na mesma escola.

Foi então que o Marco percebeu que o garoto também levava uma mochila.

—Acho que te vi nos corredores, mas não lembro de termos as mesmas aulas. —Falou.

—É, a Star também me falou de você.

—Vocês são amigos?

—Na verdade somos primos, de segundo grau.

—Ah, entendi.

Não se lembrava da garota falando algo sobre ter primos, mas também nunca conversaram sobre suas famílias, o que era engraçado, já que eram melhores amigos.

Pelo menos pelo que Star falava.

— ...né? —

— Oi? Foi mal, tava viajando.

Jushtin riu.

— De boas, eu também fico no mundo da lua às vezes. Eu perguntei se você também achava a Professora Margot chata.

— MUITO! Ela é insuportável pra porra!

Os dois começaram a rir muito. Depois conversaram mais um pouco.

Foi tão divertido que o Diaz acabou se esquecendo do que o atormentava.

Quando chegou em sua linha, ele e Jushtin saíram.

— Você também mora perto daqui? —Perguntou o moreno.

— Não, mas a minha linha é a vermelha, então eu tinha que descer mesmo.

—Ata, acho que até amanhã então.

— Ei, espera. — O garoto pegou uma folha de caderno e começou a escrever algo, e depois rasgou um pedaço o entragando para o Marco. —É o meu número, depois a gente se fala.

Jushtin sorriu e piscou, logo se virando, deixando um garoto corado e muito confuso.

[...]

Eram aproximadamente 2:30 da manhã, e apenas agora Marco se arrumava pra dormir, ele havia passado a noite toda conversando com o garoto do metrô.

Descobriu que tinham muita coisa em comum, gostavam dos mesmos jogos, séries e filmes, porém o gosto musical era completamente diferente, e — infelizmente, na mente do Diaz — Jushtin não gostava muito do sentença de amor, mas isso não importava muito se levarem em conta as outras coisas.

𝘮𝘺 𝘥𝘦𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢𝘤 𝘭𝘰𝘷𝘦 - tomco fanfic (VERSÃO ANTIGA)Onde histórias criam vida. Descubra agora