365 dias (Ariana/You)

Capítulo 03

Bom dia!

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Dois dias depois....

Esse sequestro está sendo mais amigável do que pensei, porque eu não fico amarrada e muito menos presa. Tenho livre acesso por toda casa, na verdade eu nem sei se esse lugar pode ser chamado de "casa", porque o tamanho é inacreditável.

Mas apesar de todo o luxo, eu sinto falta da minha rotina, dos meus amigos e principalmente do meu apartamento.

Eu quero ir embora!

Aqui eu estou sendo muito bem tratada, e por todo canto tem uns vinte armários vestidos de terno preto. Mas ninguém fala comigo, nem mesmo os empregados, eu me sinto tão sozinha.

Todas as refeições são feitas em absoluta solidão.

Nossa, não vejo a hora de Zayn pagar logo essa dívida.

Eu quase nunca vejo a tal da Sra.Grande, talvez por conta do tamanho da casa que propociona esses desencontros favoráveis.

Está quase na hora de jantar, e eu nem sei se quero comer. É péssimo fazer as refeições em silêncio, ainda mais pra uma pessoa igual a mim que fala pelos cotovelos.

Minha vida é ficar de pijama o dia inteiro vendo tv ou deitada na cama olhando para o teto.

- O jantar está pronto.- me assusto com a voz e a entrada repentina da Sra.Grande no quarto.- Se apresse, porque eu quero a sala de jantar livre para que eu possa fazer minha refeição em paz.

Mal educada e grossa com sempre!

Hoje a diaba decidiu se vestir toda de branco...

- Coma em paz, porque eu não quero jantar.- sento na cama e vejo a mulher de cabelos longos arquear a sobrancelha.- Obrigada.

- Certo, é bom que eu não preciso ter trabalho em te matar.- foi a minha vez de arquear a sobrancelha, porque o deboche é nítido no tom de voz da mulher.- A fome vai fazer isso por mim.

Eu vou morrer, mas eu vou morrer em paz!

- Pra uma mafiosa, você é bem desnutrida.

Já posso ver a luz...

- Garota você....- barulhos de tiros, interrompem a fala da mulher.- Merda!

- Meu Deus!- gritode forma assustada.- O que está acontecendo?

- Nada, não saia desse quarto se quiser continuar viva.

Dito isso a mulher puxa uma arma de sua cintura e saí do quarto, me deixando sozinha novamente.

Alguns longos minutos depois os tiros param, e eu por fim decido sair do quarto.

Me assusto ao me deparar com tudo quebrado, parecia que um furacão tinha passado por aqui.

Deus!

Ao longo da minha caminhada pelo extenso corredor, eu vejo muitos corpos desconhecidos e alguns conhecidos, porque se tratava dos seguranças da casa.

- Jesus!- grito ao ver o corpo da Sra.Grande no chão.- Ah meu Deus, e agora meu pai?

A roupa que antes era branquinha, agora estava toda tomada de sangue.

Me ajoelho na frente dela e coloco minha mão em baixo de seu nariz.

- Eu estou viva sua tola.

- Por Deus!- me assusto retirando rapidamente minha mão de seu nariz.- Então por que estava de olhos fechados?