Era claro para mim que, apesar de todas as falas, escritas e canções o amor chega de maneiras diferentes para cada um de nós, assim como se vai. O amor é como a chama de uma vela que ascende, queima com força e oscilação enquanto tiver do que se alimentar e, de um segundo para o outro, se apaga deixando como recordação apenas segundos de fumaça e uma vela completamente derretida. Você só não pode escolher quando e nem quem irá ascender essa chama, muito menos quando ela se apagará. Agora, quanto ao fato de ela queimar ou não, só você pode dizer. Por experiência própria, o calor que queima em um amor pode te aquecer de uma maneira fora do comum, e assim ele fará, até que faça inúmeras bolhas em sua pele e comece a te machucar de verdade. Eu só posso te garantir que o que você vai sentir, te fará despertar lados antes adormecidos e talvez nunca descobertos. Quanto aos que costumam adotar a razão em tudo, uma pequena dica: esqueça, afinal de contas ela já não importa mais. Tudo que importa agora é queimar, sem nenhum impecilho, sem nenhum incômodo, só você e quem você ama. Eu sei disso, pois é como me sinto agora, tudo por conta daquela maldita florista. Aquela mulher de índole duvidosa que, em uma noite desfeita em cargas d'água, ascendeu a maldita chama no meu coração. Aquele demônio depravado de formato angelical e suas malditas flores de plástico, seu maldito discurso sobre verdade e mentira e seus inexplicáveis olhos cor de marte. É ela, é tudo culpa dela e dos seus joguinhos. É por causa dela que eu perdi até o último fio de sanidade. Meu nome, é
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