A forma como vejo o mundo está no cheiro do café que me diz que tenho que levantar, pois amanheceu; está na brisa gelada que me diz para sair agasalhado, pois o tempo deve estar nublado; está em usar minha bengala para não tropeçar nos degraus ou nos buracos da rua; está em tocar as páginas de um livro para saber o que ele tem a me passar; está em gravar os sons das teclas do meu piano para tocar algo agradável aos meus ouvidos. O mundo aos meus olhos é negro, totalmente escuro. Mas ao meu nariz, ouvidos e toque, é tão belo e simples quanto para alguém que diferente de mim, pode vê-lo.