Meus lábios tentavam soprar lufadas de ar quente sobre as palmas gélidas, conforme mais fractais de neve a tocavam. O impassível frio tinha me enrijecido no fino cobertor com furos. Alguns papelões de mercado me serviram como colchão e como uma tentativa de erguer uma cabana; não adiantou, pois as brisas gélidas fizeram decair o bloco transpassando do corpo anêmico à fina e quebradiça coluna espinhal. A coluna paralisou, mas os involuntários tremores se tornaram mais agudos... (continua) No natalino mês de dezembro de 2018, havia escrito o conto. Demoraram 4 anos até que eu tivesse coragem de postar em alguma plataforma.