Patricia Meira

Já tive medo de coisas que afirmei, nunca temer,
Já sentir saudades, de pessoas que só me fizeram mal,
Mas, os amei de um jeito tão singular, que fiquei cega,
Já chorei por ter sofrido um desilusão amorosa, 
Daquelas que nos arremeçam nos braços da solidão,
Que nos desestrutura inteiro e deixam o coração em pedaços,
Que nos fazem, passar a vida inteira, 
Juntando, nossos cacos.
Por amor, ou a falta dele, foi o que mais chorei,
Nunca chorei de alegria,
Nunca tive um sonho realizado,
Nunca me senti de fato, um ser amado,
Muito embora, tentam me convencer do contrario,
Já falei, quando deveria me calar,
Já me calei, quando deveria falar, 
Já julguei e não tive tempo de reconhecer que errei,
Nem preciso dizer que sou julgada,
Afinal, quem não é?
Já concordei, mesmo discordando.
Já e nunca, muita coisa,
Mas, hoje é diferente,
me sinto perdida, em um lugar,
Onde eu deveria me encontrar, 
Estou submergida em sentimentos profundos,
No entanto, com os pés cobertos, por sentimentos rasos,
Minto pra mim mesma,
Para que todos acreditem que estou bem,
Sou protagonista da minha propria história nos palcos na vida,
Muito embora, me sinta quadjuvante, 
Tenho vontades que sempre reprimir,
Desejos que sempre sufoquei, por medo de me deixarem só,
Medo inutil, sempre estive só e não sabia,
Desde a minha formação no ventre da minha mãe,
Ela um dia me disse, que eu não fui um desejo,
E sim uma fatalidade,
Então descobri que ela, não foi a única vitima,
Tem mais pessoas infelizes, por eu estar aqui.
Enfim, agente cresce e envelhece,
E tudo muda, as pessoas mudam e seguem suas vidas,
Felizes ou não, mas, seguem.
Agora, não sei exatamente o que sinto,
A única certeza que tenho, 
É que para aliviar os meus ais,
Continuo mentindo,
Minto sobre o que sinto, 
Sobre quem sou,
Minto, quando afirmo não me importar, 
Com as criticas, 
Talvez esse texto não faça nenhum sentido,
Porque sinceramente não sei, 
Se estou falando a verdade ou continuo mentindo.