Zero paciência
com a poesia de
autoajuda.
Zero.
Não lerei os teus
cinco minutos de sabedoria.
Zero.
A tua receita piegas
de como ter um dia azul.
Zero.
Poesia não tem teto,
vértice...
Poesia vive,
e a vida é viva.
Zero paciência
com a poesia de
autoajuda.
Zero.
Não lerei os teus
cinco minutos de sabedoria.
Zero.
A tua receita piegas
de como ter um dia azul.
Zero.
Poesia não tem teto,
vértice...
Poesia vive,
e a vida é viva.
Bloqueio
A folha está em branco.
A cabeça está em branco.
Pois tudo está numa zona cinza.
Eis a preguiça.
Eis as lombrigas.
Eis a fome.
Será que é chegado o dia?
Estarei eu em bloqueio criativo?
Céus!...
A folha ainda está em branco...
Nada...
Nada...
Pego-a e faço um bola.
Bola de vôlei.
A Verdade
Ok.
Peço desculpas.
Agora sei a verdade!
Agora conheço;
agora entendo;
compreendo...
Posso dormir tranquilo!
Graças a você!
Somente a você!
Eu me despi dos preconceitos...
Arcaicos, inúteis...
Sim... Graças a você!
Agora estou iluminado!
A luz...
Ah, a luz é tão forte!
Que me deixou...
Me deixou...
Deixou...
Cego.
SILÊNCIO BRILHANTE
Gosto da poeira
que dança no facho de luz.
Soberba!
Bailarina e eufórica;
imprecisa e arredia.
Dona de si.
Imersa no seu
silêncio brilhante.
Talvez seja isso:
Sermos poeira...
Num balé confuso e brilhante;
surdos aos barulhos
medíocres.